quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Artigo: ET's no Planeta Aquarius...

Por: Luiz Domingos de Luna

Outro dia, como de costume, fui convidado às pressas para retornar a meu querido Planeta Natal – Aquarius, seguindo os ritos já previamente estabelecidos fiz uma viagem normal, desta vez, nada de tonturas, náuseas, nada, tudo normal, inclusive gostei muito.

Ao chegar à câmara, peguei o meu cartão de identificação, cumprimentei os colegas aquarianos e fui ocupar a minha cadeirinha, enquanto isto, o telão girava em 3D com o tema da conferência: ETs no Planeta Aquarius. O conferencista, vestido em sua bela capa sorrindo para todos foi muito aplaudido pela plenária, uma forma pedagógica de explicar aos humanos, vez em Aquarius não existir matéria nem tão pouco emoção à maneira conhecida pelos humanos.

No púlpito, o conferencista começou dizendo assim: “Meus irmãos temos informações de que os ETs estão causando problemas na Via Láctea, mais precisamente no Planeta Terra, estão aproveitando a nossa tecnologia de abdução para assombrar os terráqueos, a nave fica parada com luzes acesas, com o também sistema de controle gravitacional, com a velocidade mais de 1000 vezes a da luz, com freadas bruscas, o que causa pânico para os terráqueos, o que estão fazendo na Via Láctea podem fazer na nossa galáxia Atenas e , principalmente, no nosso Planeta Aquarius” – Alguma sugestão ? – sim – um colega lá do canto da Plenária indagou: O que É Extra Terrestre? Ao que o conferencista prontamente respondeu é tudo que está fora do Planeta Terra. O Colega replicou – assim nós do Planeta Aquarius somos Extra Terrestre. -Exatamente confirmou o conferencista. O meu colega com o uso da palavra fez a seguinte proposta: Prezados Aquarianos, o que precisamos é melhorar a nossa imagem junto aos terrestres. Assim creio que, ao resolver os problemas urgentes dos terráqueos teremos a nossa imagem restaurada.

O Conferencista aproximou e disse: Os problemas urgentes do Planeta Terra são a longo prazo, a superpopulação, escassez de água, e a curto, o aquecimento global a poluição e o desmatamento desenfreado. - O Conferencista muito empolgado foi logo dizendo nós temos tecnologia para resolver isto, somos os melhores – O plenário choveu de aplausos - felicidade plena, uma forma pedagógica de repassar a conferencia aos humanos, vez em Aquarius a emoção não existe.

Problema resolvido declarou o conferencista!!!

O sábio, calmamente, pediu a palavra e disse: meus queridos aquarianos, nós desta maneira não estamos resolvendo problemas do Planeta Terra, mas sim, criando um novo problema – Como assim quis saber a plenária? Fazendo isto não mais que duzentos anos volta tudo de novo. A Plenária perguntou vamos criar um problema com o tempo Terrestre? – Não respondeu o sábio. -E com quem mesmo? Ao que o sábio prontamente respondeu: com a irracionalidade humana.

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Luiz Domigos é professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra Aurora – Ceará.

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domingo, 27 de novembro de 2011

Perdemos um GRANDE craque do nosso passado.

Morre no Rio, Zé Grande - um dos maiores jogadores de AURORA de todos os tempos

Por José Cícero
Equipe do Maguary(Sapateiros) de Aurora - início dos anos 50. Zé Grande é o 3º(no meio) dos agachados(da esquerda pra direita)

Faleceu na última sexta-feira, dia 25 na cidade do Rio de Janeiro onde residia havia mais de duas décadas, um dos maiores jogadores do futebol de Aurora e região. Trata-se do popular 'Zé Grande' que por vários anos atuou, inclusive, no futebol juazeirense tendo jogado em meados dos anos 60 no Guarani e, depois no Icasa. No meio futebolístico do Cariri ganhou o apelido de Índio.

Irmão de Gerson Grande, outro jogador que marcou época em Aurora, Zé Grande foi na sua juventude, um exímio sapateiro e nas horas vagas exercia toda sua maestria na arte do futebol.
Dotado de um chute forte, velocidade e dribles desconcertantes, Zé Grande rapidamente se transformaria num atacante dos mais afamados. Vez que era com freqüência requisitado para atuar em diversos times da região. Em Aurora iniciou a sua carreira no antigo Maguary Esporte Clube, cuja formação era basicamente de sapateiros, ainda nos finais dos anos 50.

Quando o comerciante Tonheta França foi residir em Ipaumirim e lá montou sua fábrica e sapataria levou entre seus operários(sapateiros) o jovem Zé Grande. Este, por conta do seu belo futebol, logo ficou conhecido sendo convidado a defender a seleção local. O mesmo jogou pela seleção de Ipaumirim nos Intermunicipais de 1955 e 56, quando a equipe fez bonito ganhando partidas memoráveis, por exemplo, quando venceu a representação de Icó e Lavras da Mangabeira por 3 x 2 só perdendo nas semifinais para o selecionado de Juazeiro do Norte pelo placar de 4 x 1. Ocasiões em que o craque aurorense sempre deixava a sua marca. Era tido como um verdadeiro ídolo pela torcida...

Numa época de futebol romântico em que o dinheiro era quase inexistente por conta do amadorismo, Zé Grande conseguiu fazer história, sobretudo quando ascendeu ao Guarani; a principal vitrine do futebol regional daquela época.
Em Juazeiro fez dupla de ataque com o jogador Raimundo Pio de Missão Velha, outro histórico atleta daqueles anos de ouro que fez sucesso no “leão do mercado”. “O Índio foi o melhor jogador que no meu tempo eu vi jogar. Gostava de jogar com ele pois a gente combinava bem as jogadas”, disse Raimundo Pio recentemente a este colunista, quando a seleção máster de Aurora participou em MV da copa Cariri da categoria.

Lamentamos com imenso pesar o desencarne do Zé Grande com um misto de tristeza e de saudade. Torcendo por ele(quem sabe) como nos velhos tempos em que com extrema elegância desfilou seu futebol no solo sagrado dos campos aurorenses e do Cariri. Que o nosso Zé, possa desde já pisar agora os campos dos céus ao lado do pai e de tantos outros atletas, que como ele, um dia ajudaram a alegrar os que sofriam com os seus momentos inesquecíveis de belas jogadas e grandes gols. Zé Grande chegou, inclusive, a treinar no time do Bangu do Rio de Janeiro.

Ps.: Na seqüência daremos mais informações acerca da morte de Zé Grande(Índio) na foto pequena ao lado do texto.
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José Cícero
Aurora-CE.
Informação: Bastim Maciel e Beto Campos(AFA-Ce)

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Histórias e estórias que ouvi falar... - Por José Cícero

O cel. Izaías Arruda e o Incêndio da ponte do rio Salgado

Ponte onde um dia ocorreu o Incêndio dos domentes pelos jagunços do Cel. Izaías Arruda
Ponte sobre o Rio Salgado/Aurora local do Incêndio em 1927


Fotos: 1-vestígios de ferros retorcidos pelo fogo, 2- Jc e o mateiro local, 3- Vista frontal da Ponte e 4 - equipe: J.Cícero, ladeado por Arnaldo da Ingazeira(guia) e Jean Charles(fotógrafo).

Há anos que esta história me intrigava. Algo que nunca saíra de vez da minha cabeça. Tanto que, depois de várias investidas em vão para saber o local exato onde o incêndio ocorreu – por sorte, alguns meses atrás terminei encontrando o que procurava, isto é – a ponte do Olho d’água localizada entre o povoado de Quimami(Missão Velha) e Ingazeiras(Aurora).
Quando já me dirigia para a ponte do Jenipapeiro nos rumos do riacho dos Porcos nas proximidades de Ingazeiras, distrito de Aurora tive a sorte de parar numa bucólica residência de um agricultor. Um senhor de aproximadamente 80 anos. Cordato e hospitaleiro. Após falar-lhe do que eu estava procurando, ele de súbito, disse saber de toda a história contada-lhe um dia pelo seu genitor já falecido. E mais, que eu estava errado quanto a localização. A tal ponte não era a do jenipapeiro e sim, uma outra situada um pouco mais a frente a uma légua e meia dali. A ponte do incêndio ficava na localidade rural de Olho d’água. Aquela dica para mim foi muito mais que uma surpresa agradável. Foi um lenitivo. E assim, seguimos(eu e a minha equipe). De moto, ficou mais fácil vencermos as léguas tiranas das estradas empoeiradas. Chegamos finalmente ao local procurado. A ponte era magnífica. Exaustos mas recompensados por mais uma constatação histórica.
No ano passado, havia ido a Missão Velha e tendo inclusive conversado com o pesquisador Bosco Andréa acerca deste fato. Tudo estava, ainda como agora um tanto quanto nebuloso. Um mistério.
De lá fui até a ponte/pontilhão das Emboscadas. Por sinal uma bela obra de arquitetura. Confiante de que havia sido ali o ambiente onde tudo ocorreu. Só em seguida é que fiquei sabendo que também não era lá. De novo estava eu desolado.
E agora, diante do local exato pude constatar que se trata mesmo de uma bela ponte metálica de engenharia arrojada para os padrões da época. Logo que chegamos pude notar que bem ao lado, havia um canteiro de obras com vistas à construção da ferrovia denominada Transnordestina - obra do governo federal ainda da era Lula. Uma nova ponte estaria sendo projetada. E que será construída paralela a esta da Reffesa.
Torço para que, com a suposta desativação da antiga linha, que pelo menos a histórica ponte onde todo o fato ocorreu venha a ser preservada. Posto ser ela, um patrimônio arquitetônico e histórico não somente de Aurora e Missão Velha, mas de todo o Cariri.
A Pesquisa de campo:
Vasculhamos todo o matagal em seu entorno, assim como o leito do rio, quando pude, para minha alegria descobrir algumas peças antigas de ferro retorcido que estavam enterradas na lama, assim como cobertas pelo mato(ver foto). Tudo o que aquele senhor nos informou estava ali diante dos nossos olhos. Era a história viva e pulsante de um tempo ido, como que desafiando o olhar dos contemporâneos.
O rio estava belo, mesmo que rasgado e maltratado pelas máquinas que estavam a construir a nova ferrovia. Vi muita destruição em boa parte do percurso. Uma verdadeira agressão ao rico e ao bioma da nossa caatinga como um todo. Tudo em nome de um progresso devorador que parece puder tudo. Até mesmo devastar e destruir os nossos ecossistemas e a nossa própria história.
Era gozado a forma como os operários da Transnordestina nos olhavam. Talvez, por não compreender o nosso propósito de pesquisa. Ficavam curiosos. Vendo-me com a minha equipe a fotografar tudo, a esquadrilhar o ambiente em suas minúcias; como a procurar algo no vazio. Descobrimos peças de metais enterradas na areia do rio. Checamos restos de antigos dormentes. Buscando assim qualquer vestígio possível daquele remoto acontecimento, passado a mais de 80 anos. Era possível ver os sinais de fogo nos pilares da velha ponte. Tudo ali parecia está realmente carregado de antigas memórias.
Eu olhava para aquela ponte e imaginava o velho coronel Izaías Arruda e Zé Gonçalves com todo o seu bando de jagunço em suas infindáveis estripulias. Lampião e seus comandados... Além dos grandes potentados e outras autoridades que um dia passaram por ali. Por fim, saber que por sobre aquela ponte do Salgado passou boa parte do antigo progresso do Cariri foi para mim uma sensação das mais indescritíveis. Um misto de saudade, alegria e curiosidade.
Como se deu todo o episódio:
O ainda hoje misterioso, o incêndio da ponte sobre o rio Salgado de 1927, foi uma dura resposta do cel. Izaías Arruda(então prefeito de Missão Velha) em retaliação a um imbróglio com os engenheiros da RVC, depois que a ferrovia decidiu romper um acordo verbal relativo a compra(fornecimento) de madeira de lei para a fabricação de dormentes. A referida madeira era retirada da propriedade do temível coronel. A RVC resolveu não mais aceitar o produto de Izaías em face do preço exorbitante, muito além do valor de mercado que era praticasdo na época. O coronel não aceitou de bom grado o rompimento do contrato. Achou que aquilo era uma desmoralização a sua posição de líder. Indignado com o fim do lucrativo negócio, resolveu se vingar.
De modo que deu ordem aos seus jagunços para que arrancassem quase um quilometro e meio de dormentes da estrada de ferro e fizessem uma grande coivara sobre a ponte. E foi o que promoveram: uma fogueira gigante. Os trilhos ficaram em alguns trechos, soltos sem a sua base de apoio. Uma grande tragédia estava prestes a ocorrer com o trem da feira que passaria ainda nos escuro da madrugada lotado de gente e mercadoria. Um iminente acidente estaria prestes a acontecer. Um verdadeiro atentado que poderia vitimar um grande número de passageiros inocentes. O coronel não estava nem aí para as conseqüências do seu tenebroso ato.
As labaredas de fogo podiam ser vistas a quilômetros dali. Disse-nos o tal senhor do Jenipapeiro. A ponte estava literalmente em chamas. Vez que grande parte da sua estrutura metálica, segundo relatos, com o fogo, estava vermelha
em brasa viva.
Uma fogueira monumental alimentada por madeira de lei do tipo: aroeira, pau d’arco, cedro e mssaranduba dentre outras. “O ferro da ponte, como dizia meu pai, ficou em brasa viva”, disse o morador. O calor, segundo ele, era tanto que parte da estrutura metálica chegou ao ponto de alguns peças amolecer. Restos de ferros retorcidos ainda hoje depois de pouco mais de 82 anos daquele inusitado acontecimento ainda foram encontrados sob a areia do leito do rio. "A temperatura era altíssima e o fogo entrou pela noite. Foi uma coisa horrível, nem sei com a ponte não caiu por inteira".
E a tragédia só não foi maior porque um vaqueiro que residia nas proximidades (no Jenipapeiro), às escondidas, montou seu cavalo e rumou célere para à estação de Ingazeiras comunicando o fato ao agente local que de imediato telegrafou para as estações do Crato e Fortaleza. O trem daquele dia ficou pelas bandas de Iguatu ou do Crato mesmo. Por vários dias, quase uma semana o tráfego costumeiro do chamado trem da feira ficou interrompido até que funcionários da Rede Ferroviária Cearenses(RVC) sob segurança reforçada pudessem realizar os necessário serviços de recuperação da linha férrea e da própria ponte sobre o rio Salgado. Os prejuízos foram calculados em cerca de 300 contos de réis; uma verdadeira fortuna naquele tempo.
Mas o mistério ainda permanece até hoje. E algumas perguntas continuam, por assim dizer, inevitáveis. Ou seja, por que será que o coronel Izaías Arruda veio a escolher logo a ponte do Olho d’água a mais de duas léguas da estação de Missão Velha onde inclusive era prefeito? Por que justamente Aurora? Será que queria demonstrar força para os irmãos Paulinos com os quais mantinha uma rixa mortal? Ou quisera com isso, evitar quem sabe, que as volantes que se encontravam na parte baixa do Cariri não pudessem chegar a Aurora para dá cabo de Lampião junto com seu bando? Ou mesmo, queria que o próprio Lampião, fosse responsabilizado pelo incêndio aumentando assim, a ira do governo? Quanto a esta última suposição é notório ressaltar que muitos da época, inclusive alguns jornais da capital, chegaram a noticiar que aquele atentado tinha sido obra dos cabras de Lampião, em retaliação a perseguição das volantes, inclusive como consta equivocadamente na página 339 do livro: ‘A Marcha de Lampião, assalto a Mossoró’ de Raul Fernandes, filho do prefeito potiguar Rodolfo Fernandes, famoso por ter comandado a resistência de 27. Por fim, pelo modus operandi, que relação existiu entre o incêndio da ponte do Salgado e o da antiga estação de Missão Velha?
Ousado e temível em toda região, o coronel Izaías Arruda era de fato, um inegável fazedor de inimigos. Jogava bem, sobretudo nos bastidores e, como costumam dizer nossos matutos – com dois baralhos. De sorte que, não era tarefa fácil vencê-lo em seus domínios. Tinha, como se sabe ainda hoje, o seu exército particular de jagunços sempre pronto a agir nos mais diferentes ramos.
Contudo, adespeito de qualquer outra coisa, é preciso dizer que Izaías Arruda de Figueiredo foi um homem inteligente e de coragem que esteve muito além do seu tempo. A forma como se deu a sua morte foi uma prova inconteste de que pagara caro por tudo isso.
O coronel Izaías Arruda, era filho natutal de Aurora onde foi delegado e, quando ainda prefeito de Missão Velha, foi assassinado na estação de Aurora em 04 de agosto de 1928 pelos irmãos Paulinos, vindo a morrer quatro dias depois.

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José Cícero
Professor e Pesquisador do cangaço
Secretário de Cultura
Aurora-CE.

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A verdade histórica - Por: José Cícero

Mesa de Debates: Angico, SESC Crato
A verdade histórica. O que é isso? Uma pequena reflexão sobre o Cariri Cangaço 2011
O conhecimento dos fatos históricos não é e, tampouco, pode ser em qualquer tempo privilégio de ‘seu ninguém’. Cada um quer seja pesquisador por vocação, hobby ou historiador por academicismo ou por cátedra, terá o direito sagrado de acreditar naquilo que bem entender. Contudo, a ciência está aí, gritando alto quase a romper os nossos tímpanos. Os fatos ainda rastejam (no caso do cangaço lampiônico) pelos sertões adentro, grávidos de verdades. A verdade às vezes salta aos nossos olhos em alguns momentos saturados pelo carvão do tempo. Quando muitos de nós, pobres mortais ficamos cegos diante dela pela enormidade da nossa arrogância...

Mas é imperioso que vejamos, igualmente, com o tato das mãos e a sensibilidade do coração o óbvio ululante, somado a uma dose considerável de experiência empírica e companheirismo como a argamassa necessária à corporificação da verdade que almejamos constatar. Posto que, pela história escrita nos transportamos muito além do tempo... Ainda, que tenhamos a capacidade de puder dividi-la com os outros. Por conseguinte é preciso que vasculhemos os pergaminhos dos que chegaram ao palco dos acontecimentos primeiros que nós.
Que sejamos verdadeiros o suficiente. Os “ratos de biblioteca”, freqüentadores de sebos. Aperreadores dos amigos ante a sede de saber sempre mais. Que sejamos dados aos livros... ‘Livros à mão cheia...’ Que alimentemos a ousadia, tanto quanto a tenacidade no desiderato da busca cotidiana. Que sejamos capazes de cultivar a humildade como uma lanterna de popa que nos dará o rumo certo do caminho a ser seguido, tal qual um Dom Quixote e seu Sancho Pança das bibocas do mundo.

deputado Inácio de Loiola e José Cícero

Pois lá no fundo escuro desta leitura, bem como nas informações do povo – principal protagonista desta saga -, é que jaz todo o ouro da verdade que buscamos a todo custo encontrar. A verdade que procuramos como o ‘elo perdido’ que nos falta para construirmos de uma vez por todas, os alicerces inquebrantáveis do edifício histórico a que nos propomos edificar em nome do passado, do presente e do futuro. E, digamos, que no estudo analítico e descritivo do cangaço nordestino não é lá muito diferente de outros fenômenos sociológicos ocorridos pelo Brasil e pelo Globo. Razão da nossa necessária modéstia e ponderabilidade na qualidade de estudiosos e observadores atentos da fenomenologia cangaceira.

Nós, os pesquisadores, o mínimo que podemos fazer é lançar um pouco mais de luz sobre os acontecimentos, e não nos arvorarmos como seus donos - os neo-coronéis do asfalto. Tudo com base no estudo, na análise, na comprarão e, sobretudo na pesquisa. Sem, contudo, perdermos de vista o foco central em nome de uma contraproducente posição de faraó – dono da verdade e/ou porteiro-mor dos caminhos objetivos. Destarte, nunca é demais ressaltar que, ser inteligente é também ser simples e modesto. Todo o resto é falso e fisiológico.

Nada no estudo, quanto na pesquisa pode ser tão negativo e inaceitável quanto a demonstração da intolerância/arrogância. Por isso, é mister dizer que, qualquer arrogância é sempre pior do que a ignorância. Quem procura a verdade deve está preparado o tempo todo para as pequenas descobertas como a verdadeira pavimentação para o caminha das grandes conquistas. Aprender deve ser inapelavelmente a palavra de ordem. Mas, sobretudo saber dividi-las com seus companheiros de caminhada. Partícipes de uma mesma causa. Protagonistas de um mesmo objetivo. Assim como, dos que porventura estejam igualmente à margem do caminho. Pois ninguém jamais saberá o suficiente, ao ponto de querer se impor como o dono da verdade absoluta.
O mundo, assim como a própria vida é, amiúde, uma sucessão de descobertaspaulatinas. Ninguém saberá tanto, quem não possa aprender com o mais humilde e incipiente dos aprendizes. Tudo na vida é inconcluso. Aprendemos sempre mais quando ensinamos e dividimos o pouco que sabemos com os outros...

Por mais que não aceitemos, toda verdade é dimensional e, por conseqüência, tem seu quê de relativo. De forma que não podermos, por nenhuma razão, afastar ou mesmo querer desconsiderar o seu caráter subjetivo que se plasma segundo a contribuição e compreensão de cada um dos indivíduos envolvidos. A verdade em muitos casos, é filha do tempo e não da força ou da imposição descabida, como de quando em vez, presenciamos por alguns pseudo-arautos da história ou vendilhões do templo. E digamos por fim, que nos estudos e nas pesquisas relacionadas ao cangaço lampiônico nada até agora foi diferente.

A ilusória ditadura do conhecimento é um câncer que destrói aos poucos a historiografia planetária e, sobretudo dos grotões dos esquecidos - os sertões nordestinos. Urge então, que nos afastemos dela enquanto há tempo. É urgente, portanto, que caiamos na real. Que todos aqueles que por algum motivo, ainda continuam se imaginando donos da verdade que se conscientize dos seus malefícios, enquanto processo de estudo e aprendizagem. É notório que isso não ajuda em nada quanto ao processo evolutivo do estudo do cangaço, por exemplo. A menos que não queiram o crescimento desta causa. A menos que não queiram que o domínio deste conhecimento histórico não venha se tornar um patrimônio do povo. A menos que continuem achando que o conhecimento da história, seja um monopólio como no passado de uns poucos. Que se ache um prodígio. Um supra-sumo da história. Um ser iluminado e insubstituível. Mas convenhamos. Isso não é certo. E nunca será.

Há que sejamos solitários com as massas. Com os que têm sede de conhecer a verdade sobre si mesmos e do solo em que nasceram. Há que distribuir com os outros os conhecimento que acumulamos durante a existência. Toda história verdadeira é um patrimônio da humanidade e, em especial, daqueles que a viveram a ferro e fogo. Toda história como uma construção social só teve pertencer aos seus próprios sujeitos. E com o cangaço nordestino nada disso pode ser diferente. Há que se ter uma visão holística também em relação à história e todos os seus desdobramentos...

Cultivemos além do solidarismo científico, a humildade como uma das ferramentas fundamentais para a difusão do que foi de fato a temática do cangaço – o maior fenômeno social e político dos sertões. Que possamos ter aprendido um mais pouco durante a terceira edição deste Cariri Cangaço. Na certeza de termos coletivamente contribuído para o 'conehcer' da história do Cariri em particular e, do Nordeste em geral – só isso já será um grande feito. Algo digno de nota e elogio. E tudo isso é, deveras fruto de um esforço coletivo.

Como de resto, direi: quem quiser contestar, por exemplo, o que de fato aconteceu em Aurora. Isso é muito mais do que louvável – é primordial, justo e necessário. Contudo, terá que no mínimo, ter lido algo pertinente ao que aqui aconteceu; estudado, pesquisado, escrito... E assim, ter igualmente conseguido se despir de qualquer ranço de proprietário da verdade absoluta.

José Cícero
Secretário de Cultura de Aurora
Conselheiro do Cariri Cangaço
Aurora-CE
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10 comentários:

Juliana Ischiara disse...

Caro amigo e conselheiro José Cícero,

Sem querer desmerecer tudo que já li neste blog, que por sinal sempre são postadas matérias e ou artigos de grande relevância para nosso aprendizado. Não recordo de ter tido a oportunidade de ler um artigo tão bom, honesto e lúcido quanto este que acabo de ler. Que posso eu dizer além de PARABÉNS!!!!!Que posso eu dizer além de obrigada por suas palavras tão impregnadas de sabedoria e honestidade e ao mesmo tempo tão desprovidas de vaidade.

Por esta e por outras que tenho um orgulho danado de participar desta comunhão de pensadores que denominamos de família Cariri Cangaço. Seu artigo não poderia ser mais feliz em suas impressões e plenitude. Pois se faz necessário que todo aquele que se submete ao mundo das pesquisas, saber que não existe uma verdade absoluta, mas verdades históricas. A história não é uma ciência exata, ao contrário do que muitos pensam. A historiografia não permite donos absolutos da verdade ou verdades, ela sempre está em construção. A cada achado, cada descoberta, descobre-se outras verdades, novos olhares e ou óticas.

Às vezes sou tida como acre por não aceitar alguns posicionamentos embasados em vaidades extremadas, posicionamentos arrogantes, muitas destes escondidos em cortinas de falsa humildade. Como disse em outro tópico deste blog, tenho aprendido e apreendido muito sobre o todo, sobre o outro e sobre mim mesma.

No mais, vou terminar meu comentário com reflexões:

“Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.” Khalil Gibran

“A simplicidade é o último degrau da sabedoria.” Khalil Gibran

“Quanto maiores somos em humildade, tanto mais próximos estamos da grandeza.” Rabindranath Tagore

Mais uma vez, Parabéns pelo o excelente artigo.

Um abraço fraterno

Juliana Ischiara

Anônimo disse...

Professor José Cícero, vemos em seu artigo a lucidez muitas vezes perdida, daqueles que se intitulam donos da verdade. parabens pelo trabalho aí em Aurora e pelo grande artigo de profundas reflexões.

Tarcisio Leite

Helio disse...

Fenomenal como sempre grande José Cícero. parabens

Professor Mario Helio

Lima Verde disse...

Zé Cícero de Aurora, sempre preciso em seus artigos, grande abraço a Aurora de Izaias Arruda

Fernando Cesar Lima Verde

José Cícero disse...

Nobre amiga e camarada Juliana - como sempre admirável(igualmente) nas suas ponderações inteligentes e humanistas, bem como pra lá de filosóficas. Saiba que suas observações as tenho como um verdadeiro Norte.
Mui grato,
abraços caririenses
José Cícero
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José Cícero disse...

Caríssimo prof. Tarcísio,
Fico lisonjeado pelo carinho da vossa abalizada atenção e leitura das minhas recorrentes inquietações existências e literárias.
Minhas sinceras saudações aurorenses e lampiônicas.
Um forte abraço com a exata dimensão do Salgado.
Mui grato,
José Cícero
Aurora - CE.
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José Cícero disse...

Hélio e Lima Verde - Boa gente e bons amigos da nossa boa causa sertaneja; "brigado" pela atenção dispensada. Saibam que a recíproca sempre será por demais verdadeira.
Fraternalmente,
José Cícero
Aurora - CE.
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Anônimo disse...

Texto e elucidações primorosas, temos que ter a algo que possa abrir nossos horizontes e não. fechar.

Manoel Deodato
São Clemente

Anônimo disse...

Senhor José Cícero, muito boa sua abordagem sobre a verdadeira natureza da verdade histórica, uma grata colaboração ao debate sobre a história, parabens.

Marcelo Ograydi

Anônimo disse...

Amigo José Cicero - Parabens pelo excelente trabalho apresentado. Parabens pelo evento em tua querida cidade.Obrigado por tudo, pela atenção e pela companhia e por aqui estamos as ordens. Saude e Tudo de bom. Abraço Fraterno - Alfredo Bonessi - SBEC - GEC.(....)
........................ Publicado originalmente no site do Cariri Cangaço: www.cariricangaco.com

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terça-feira, 15 de novembro de 2011

GUIA DE BOAS MANEIRAS NA POLÍTICA E NO JORNALISMO.

A obsessão da elite brasileira em tentar desqualificar Lula é quase patológica. E a compulsão por tentar aproveitar todos os momentos, inclusive dos mais dramáticos do ponto de vista pessoal, para fragilizá-lo, constrange quem tem um mínimo de bom senso.

Maria Inês Nassif*

A cultura de tentar ganhar no grito tem prevalecido sobre a boa educação e o senso de humanidade na política brasileira. E o alvo preferencial do “vale-tudo” é, em disparada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por algo mais do que uma mera coincidência, nunca antes na história desse país um senador havia ameaçado bater no presidente da República, na tribuna do Legislativo. Nunca se tratou tão desrespeitosamente um chefe de governo. Nunca questionou-se tanto o merecimento de um presidente – e Lula, além de eleito duas vezes pelo voto direto e secreto, foi o único a terminar o mandato com popularidade maior do que quando o iniciou.

A obsessão da elite brasileira em tentar desqualificar Lula é quase patológica. E a compulsão por tentar aproveitar todos os momentos, inclusive dos mais dramáticos do ponto de vista pessoal, para fragilizá-lo, constrange quem tem um mínimo de bom senso. A campanha que se espalhou nas redes sociais pelos adversários políticos de Lula, para que ele se trate no Sistema Único de Saúde (SUS), é de um mau gosto atroz. A jornalista que o culpou, no ar, pelo câncer que o vitimou, atribuindo a doença a uma “vida desregrada”, perdeu uma grande chance de ficar calada.

Até na política as regras de boas maneiras devem prevalecer. Numa democracia, o opositor é chamado de adversário, não de inimigo (para quem não tem idade para se lembrar, na nossa ditadura militar os opositores eram “inimigos da pátria”). Essa forma de qualificar quem não pensa como você traz, implicitamente, a ideia de que a divergência e o embate político devem se limitar ao campo das ideias. Esta é a regra número um de etiqueta na política.

A segunda regra é o respeito. Uma autoridade, principalmente se se tornou autoridade pelo voto, não é simplesmente uma pessoa física. Ela é representante da maioria dos eleitores de um país, e se deve respeito à maioria. Simples assim. Lula, mesmo sem mandato, também o merece. Desrespeitar um líder tão popular é zombar do discernimento dos cidadãos que o apoiam e o seguem. Discordar pode, sempre.

A terceira regra de boas maneiras é tratar um homem público como homem público. Ele não é seu amigo nem o cara com quem se bate boca na mesa de um bar. Essa regra vale em dobro para os jornalistas: as fontes não são amigas, nem inimigas. São pessoas que estão cumprindo a sua parte num processo histórico e devem ser julgadas como tal. Não se pode fazer a cobertura política, ou uma análise política, como se fosse por uma questão pessoal. Jornalismo não deve ser uma questão pessoal. Jornalistas têm inclusive o compromisso com o relato da história para as gerações futuras. Quando se faz jornalismo com o fígado, o relato da história fica prejudicado.

A quarta regra é a civilidade. As pessoas educadas não costumam atacar sequer um inimigo numa situação tão delicada de saúde. Isso depõe contra quem ataca. E é uma péssima lição para a sociedade. Sentimentos de humanidade e solidariedade devem ser a argamassa da construção de uma sólida democracia. Os formadores de opinião tem a obrigação de disseminar esses valores.

A quinta regra é não se deixar contaminar por sentimentos menores que estão entranhados na sociedade, como o preconceito. O julgamento sobre Lula, tanto de seus opositores políticos como da imprensa tradicional, sempre foi eivado de preconceito. É inconcebível para esses setores que um operário, sem curso universitário e criado na miséria, tenha ascendido a uma posição até então apenas ocupada pelas elites. A reação de alguns jornalistas brasileiros que cobriram, no dia 27 de setembro, a solenidade em que Lula recebeu o título “honoris causa” pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, é uma prova tão evidente disso que se torna desnecessário outro exemplo.

No caso do jornalismo, existe uma sexta regra, que é a elegância. Faltou elegância para alguns dos meus colegas.

(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo.

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A Pedra da Batateira...

O paraíso indígena e a lenda da “pedra da Batateiras”

A pedra fica na nascente do rio Batateiras, na Chapada do Araripe no município de Crato (foto) – Conta-se no Cariri que a pedra da nascente do rio Batateiras, o maior olho d’água da Chapada do Araripe, um dia irá rolar, inundando toda a região e despertando uma serpente que vem devolver as terras dos índios escravizados pelos brancos. A lenda da catástrofe, seguida da volta do povoamento dos índios cariris, contada há séculos, ganha nova leitura com a pesquisa do historiador Eldinho Pereira. O texto inédito “A Pedra da Batateiras e a restauração do ‘Paraíso’” reconta a história dos índios cariris e as origens da lenda que cerca a nascente. Pesquisador do Instituto da Memória do Povo Cearense (Imopec), com sede em Fortaleza, Eldinho explica que muitos aspectos da lenda são recuperados por relatos que chegaram até os dias atuais

“Desde criança tenho ouvido histórias fantásticas. Comecei a colocar alguma coisa no papel e os depoimentos de pessoas locais diferentes acabaram convergindo”, detalha o historiador, natural de Farias Brito, no Cariri. Eldinho é adepto da tese do cineasta Rosemberg Cariry, para quem os movimentos de Canudos, liderado por Antônio Conselheiro, de Juazeiro do Norte, por Padre Cícero, e do Caldeirão, pelo beato José Lourenço, “constituíram verdadeiras tentativas de recriações do ‘Paraíso’ dos índios cariris e dos mestiços despojados de suas próprias terras”.

Mar e Sertão

O historiador relaciona a lenda da “pedra da Batateiras” à percepção dos índios cariris de que a região um dia abrigou mar. “Como os índios não tinham conhecimentos específicos, apelaram para o imaginário. Para eles, o mar tinha se evacuado, descido para o subsolo e a água voltaria pela nascente do rio Batateiras”, conta Eldinho. O pesquisador cita ainda a importância de movimentos como a tentativa de reorganização de povos cariri no sítio Poço Dantas, na zona rual do Crato, onde vivem entre 30 e 40 famílias descendentes da etnia.

Como

ENTENDA A NOTÍCIA

O mais provável é que a lenda tenha surgido entre os índios aldeados na Missão do Miranda, no século XVIII. De acordo com Rosemberg Cariry, os pajés profetizavam que a pedra rolaria e, quando as águas baixassem, a terra voltaria a ser fértil e os cariris voltariam para o “Paraíso”.

SAIBA MAIS

Eldinho Pereira conta que, sob a ótica católica, a lenda da serpente é trocada por uma baleia que habitaria o subterrâneo do centro do Crato. “Quando ela sair, anunciará o novo tempo, expulsando os homens maus. Anjos suspenderiam Juazeiro e a água passaria por baixo”, relata. As forte chuvas no Crato, em janeiro, foram motivo para que a população da cidade lembrasse a lenda. “A pedra da Batateira rolou”, comentava-se. Segundo Eldinho, Antônio Conselheiro teria tomado conhecimento da lenda em sua passagem pelo sul do Ceará e Nordeste da Bahia, onde também habitavam os cariris. Daí as menções de que o “sertão vai virar mar” em seus discursos.

Thiago Mendes
thiagomendes@opovo.com.br
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terça-feira, 8 de novembro de 2011

AURORA EM FOCO...

Colégio Antonio Landim realiza palestra-debate sobre a história de AURORA





Dando prosseguimento a 3ª edição do projeto pedagógico “Aurora - oh terra amada!” a escola Antonio Landim de Macedo da rede municipal de ensino, localizada no bairro São Benedito promoveu na manhã da última terça-feira(dia 8) uma palestra sobre a historiografia, valores e potencialidades culturais do município de Aurora.

A mesma foi ministrada pelo secretário de cultural, o professor José Cícero a partir de convite formulado pelo núcleo gestor daquele educandário através da professora Ana Cláudia Lira. Tal iniciativa foi direcionada aos professores da escola, como parte das propostas pedagógicas elencadas no projeto no sentido da formação docente, conforme explicou

Além do corpo docente, também se fizeram presentes como representantes do núcleo gestor as professoras: Ana Cláudia, Aparecida e o professor Eliomilton(ver fotos acima).

As várias versões sobre o surgimento do núcleo urbano de Aurora; Massalina do Salgado e o cemitério da bailarina. Assim como o culto à figura da mártir Francisca, remanescentes de quilombolas, o cangaço em Aurora e filhos ilustres, foram alguns do temas discorridos pelo palestrante e, que igualmente, serviram de ingredientes para o momento dos debates.

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Da Redação do Blog de Aurora.

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