Um dia o Brasil foi um país eminentemente agrário. E isso não faz tanto tempo assim...
Senão vejamos: em 1950 tínhamos 63% da nossa população vivendo no campo. Em 1970 este número caíra para apenas 44%. E no último senso do ano 2000, este percentual esteve próximo de 19 % . Uma queda que de lá para cá só se acentuou de maneira absurda.
Senão vejamos: em 1950 tínhamos 63% da nossa população vivendo no campo. Em 1970 este número caíra para apenas 44%. E no último senso do ano 2000, este percentual esteve próximo de 19 % . Uma queda que de lá para cá só se acentuou de maneira absurda.
Agora em 2010 o IBGE trará novos números que certamente darão os indicativos finais de que o Brasil abandonou de vez os seus campos produtivos para viver as ilusões das cidades. Uma opção que carrega no seu bojo as principais razões da nossa terrível e escabrosa problemática social e econômica com toda sua carga de atraso e subdesenvolvimento histórico.
Será que pondo fim aos campos as cidades sobreviverão? Na cabeça dos nossos políticos parece que sim... .
Como se percebe trata-se de um processo ascendente de evasão do campo em direção aos grandes centros urbanos do país. Um claro sinal de que os sucessivos governos priorizaram em demasia os espaços urbanos em detrimento do rural. Animando os camponeses a correrem para as cidades buscando o conforto tecnológico e o oferecimento de serviços públicos, já que o meio rural nos os tinham. Nascia deste então todo a problemática do êxodo rural do qual o Brasil jamais se desvencilharia.
Esta realidade, diríamos que é a principal responsável por parte dos grandes problemas sociais que ora se abatem sobre a sociedade brasileira. O mais curioso, no entanto é constatar que nada disso parece chamar a atenção das nossas autoridades. E a cada ano que passa o problema se agrava ainda mais. Impulsionando todo o caos decorrente dentre outras coisas, do inchamento urbano que, por sua vez, vem sendo ocasionado pelo crescente abandono do campo.
Dados alarmantes para um país considerado continental justamente pela dimensão do seu território.
Será que pondo fim aos campos as cidades sobreviverão? Na cabeça dos nossos políticos parece que sim... .
Como se percebe trata-se de um processo ascendente de evasão do campo em direção aos grandes centros urbanos do país. Um claro sinal de que os sucessivos governos priorizaram em demasia os espaços urbanos em detrimento do rural. Animando os camponeses a correrem para as cidades buscando o conforto tecnológico e o oferecimento de serviços públicos, já que o meio rural nos os tinham. Nascia deste então todo a problemática do êxodo rural do qual o Brasil jamais se desvencilharia.
Esta realidade, diríamos que é a principal responsável por parte dos grandes problemas sociais que ora se abatem sobre a sociedade brasileira. O mais curioso, no entanto é constatar que nada disso parece chamar a atenção das nossas autoridades. E a cada ano que passa o problema se agrava ainda mais. Impulsionando todo o caos decorrente dentre outras coisas, do inchamento urbano que, por sua vez, vem sendo ocasionado pelo crescente abandono do campo.
Dados alarmantes para um país considerado continental justamente pela dimensão do seu território.
Nossa política agrícola e fundiária são coisas colocadas nas últimas instâncias dos discursos e da agenda daqueles que se dizem nos representar na alta esfera do poder. Agora, na corrida sucessória ao Planalto, tentemos lembrar quais dos candidatos abordou o assunto nas suas propostas...
Não pode haver melhorias consideráveis nos grandes centros urbanos enquanto não se promover com urgência uma reviravolta no campo, no sentido de torná-los de fato, uma prioridade nacional.
Do jeito que está não vamos a lugar nenhum. Pois o êxodo rural que deveria ser combatido vem sendo incentivado pelo governo, através da insossa política compensatória e eleitoreira. Os chamados programas sociais, a exemplo do Bolsa Família.
Não pode haver melhorias consideráveis nos grandes centros urbanos enquanto não se promover com urgência uma reviravolta no campo, no sentido de torná-los de fato, uma prioridade nacional.
Do jeito que está não vamos a lugar nenhum. Pois o êxodo rural que deveria ser combatido vem sendo incentivado pelo governo, através da insossa política compensatória e eleitoreira. Os chamados programas sociais, a exemplo do Bolsa Família.
Ora, a idéia deste programa era melhorar os índices nutricionais das famílias carentes no combate a fome. No entanto, está incentivando as pessoas a deixarem o campo em direção às cidades. De modo que os recursos não estão sendo empregados na alimentação, mas com o pagamento de aluguéis, água e luz. Tudo isso é um contra-senso imperdoável. Seria mais inteligente que o governo investisse na atividade produtiva, na economia solidária, numa reforma agrária diferente, na educação, formação de mão de obra e geração de emprego e renda no próprio campo através da agropecuária e suas capilaridades.
Por que não atrelar o Bolsa Família, por exemplo a ‘necessidade/obrigatoriedade’ da fixação do homem no campo? Quem sabe através de um novo mecanismo de compensação financeira que possibilite criar as condições mínimas necessárias fazendo com que os beneficiados permaneçam no campo?
Pois se querem financiar o ócio que pelo menos o façam de um modo inteligente. Porque daqui a pouco, a situação dos nossos centros urbanos se transformará numa verdadeira barbárie social. E aí será um caminho sem volta. Ou se muda estes paradigmas enquanto há tempo, ou a situação de agravamento social do país se fará irreversível.
Além do mais, como podemos imaginar que o país terá condição de manter sua máquina administrativa tendo de rebaixar seus parcos investimentos em educação, saúde, cultura, emprego, agricultura e infra-estrutura básica com tantos recursos sendo destinados a tais programas? E ainda, não nos esqueçamos da previdência social que, deficitária vem se transformando numa verdadeira bola de neve. Uma questão que daqui a pouco se transformará numa grande dor de cabeça para os futuros governantes.
Ora, por que nos países da Europa e do chamado 1º mundo o êxodo rural não constitui um problema tão sério? Presumo, porque lá, sempre existiam planejamentos estratégicos... Na França e na Alemanha, por exemplo, não existe este negócio de grandes cidades como no Brasil. Lá boa parte das suas populações reside em cidades pequenas, algumas com aspectos de quase vilas dispondo de toda infra-estrutura necessária para promover o bem-estar das pessoas. E onde a agricultura é uma atividade que além de rendosa faz parte das prioridades do estado. Mantendo famílias inteiras por gerações ligadas ao campo.
De maneira tal que ninguém precisa derivar para as metrópoles em busca de emprego, assistência social e acesso à educação de qualidade. A vida urbana mantém profunda ligação com a vida pastoril e a economia se equilibra por conta disso. O caos social praticamente não existe, pelo menos na dimensão que o temos por aqui. Posto que o Estado consegue manter e assegurar as condições mínimas e dignas para os seus cidadãos.
Creio que esta razoável tranqüilidade o façam mais felizes... comprometidos que são com o desenvolvimento sustentável do seu país. Isso porque de alguma maneira sentem-se na prática, também parte dele... Uma questão apurada de alta consciência coletiva e cidadã.
Nossos campos e o fantasma do êxodo rural:
Por que não atrelar o Bolsa Família, por exemplo a ‘necessidade/obrigatoriedade’ da fixação do homem no campo? Quem sabe através de um novo mecanismo de compensação financeira que possibilite criar as condições mínimas necessárias fazendo com que os beneficiados permaneçam no campo?
Pois se querem financiar o ócio que pelo menos o façam de um modo inteligente. Porque daqui a pouco, a situação dos nossos centros urbanos se transformará numa verdadeira barbárie social. E aí será um caminho sem volta. Ou se muda estes paradigmas enquanto há tempo, ou a situação de agravamento social do país se fará irreversível.
Além do mais, como podemos imaginar que o país terá condição de manter sua máquina administrativa tendo de rebaixar seus parcos investimentos em educação, saúde, cultura, emprego, agricultura e infra-estrutura básica com tantos recursos sendo destinados a tais programas? E ainda, não nos esqueçamos da previdência social que, deficitária vem se transformando numa verdadeira bola de neve. Uma questão que daqui a pouco se transformará numa grande dor de cabeça para os futuros governantes.
Ora, por que nos países da Europa e do chamado 1º mundo o êxodo rural não constitui um problema tão sério? Presumo, porque lá, sempre existiam planejamentos estratégicos... Na França e na Alemanha, por exemplo, não existe este negócio de grandes cidades como no Brasil. Lá boa parte das suas populações reside em cidades pequenas, algumas com aspectos de quase vilas dispondo de toda infra-estrutura necessária para promover o bem-estar das pessoas. E onde a agricultura é uma atividade que além de rendosa faz parte das prioridades do estado. Mantendo famílias inteiras por gerações ligadas ao campo.
De maneira tal que ninguém precisa derivar para as metrópoles em busca de emprego, assistência social e acesso à educação de qualidade. A vida urbana mantém profunda ligação com a vida pastoril e a economia se equilibra por conta disso. O caos social praticamente não existe, pelo menos na dimensão que o temos por aqui. Posto que o Estado consegue manter e assegurar as condições mínimas e dignas para os seus cidadãos.
Creio que esta razoável tranqüilidade o façam mais felizes... comprometidos que são com o desenvolvimento sustentável do seu país. Isso porque de alguma maneira sentem-se na prática, também parte dele... Uma questão apurada de alta consciência coletiva e cidadã.
Nossos campos e o fantasma do êxodo rural:
Aqui no Brasil, notadamente no Nordeste os campos estão no mais completo estado de abandono. Uma realidade que a imprensa em consonância íntima com o poder parece tentar esconder da opinião pública.
Populações inteiras seguem para as cidades em busca de melhores dias, aumentando o favelamento, o estado de pobreza quase absoluto, a criminalidade e outros males afins.
Há hoje no campo um verdadeiro crime de lesa-ecologia. Vez que os grandes proprietários(os latifundiários) estão a promover de forma sistemática desmatamentos e queimadas promovendo a retirada da mata para dá lugar às plantações de capim para a criação de gado, por sinal espécies vegetais ‘alienígenas’ e altamente invasoras. Gerando por conta disso, uma devastação sem precedentes no frágil bioma da nossa caatinga.
Será que ninguém consegue enxergar tudo isso? Então, digamos que o êxodo rural, por maior que seja o seu malefício social, ainda assim agrada a muita gente(os poderosos que sempre souberam lucrar com a miséria e a desgraça da população). Esta lógica dantesca precisa ser extirpada do nosso meio... Antes mesmo que ela nos extirpe.
Nossos sertões agora é um deserto só, a se ampliar aos olhos de todos. Mostrando a sociedade brasileira( ante seu fingimento) a exata dimensão da sua indiferença, cegueira e insensibilidade.
Daqui a pouco, nossa caatinga será tão somente uma fotografia antiga e amarelada emoldurada na parede fantasmagórica de um museu distante.
Há hoje no campo um verdadeiro crime de lesa-ecologia. Vez que os grandes proprietários(os latifundiários) estão a promover de forma sistemática desmatamentos e queimadas promovendo a retirada da mata para dá lugar às plantações de capim para a criação de gado, por sinal espécies vegetais ‘alienígenas’ e altamente invasoras. Gerando por conta disso, uma devastação sem precedentes no frágil bioma da nossa caatinga.
Será que ninguém consegue enxergar tudo isso? Então, digamos que o êxodo rural, por maior que seja o seu malefício social, ainda assim agrada a muita gente(os poderosos que sempre souberam lucrar com a miséria e a desgraça da população). Esta lógica dantesca precisa ser extirpada do nosso meio... Antes mesmo que ela nos extirpe.
Nossos sertões agora é um deserto só, a se ampliar aos olhos de todos. Mostrando a sociedade brasileira( ante seu fingimento) a exata dimensão da sua indiferença, cegueira e insensibilidade.
Daqui a pouco, nossa caatinga será tão somente uma fotografia antiga e amarelada emoldurada na parede fantasmagórica de um museu distante.
Urge, portanto, que se faça alguma coisa no sentido de que possamos reverte este horrível quadro de devastação e abandono o quanto antes. De onde não se exclui, o próprio homem sertanejo como vítima deste processo e, que como dissera Euclides: “é antes de tudo um forte”.
Fotos ilustrativas:
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