quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mentir é a regra...

Desde a origem do homem que se tem registro da malandragem, o ganho fácil, a usura, a especulação, a traição, a injustiça, a vantagem exagerada e sem escrúpulos, e finalmente a mentira em todas as suas formas. E isto se incorporou à cultura dos povos. E não é exclusividade de nenhum deles. Tem mentiroso para todo lado.
Este pequeno texto fará com que cada cidadão que apreciá-lo, coloque sua mente para matutar e passe a ponderar na grande farsa que é hoje o homem, o ser humano, prá não dizer toda a humanidade.
Serão relembrados alguns fatos corriqueiros, do dia-a-dia, que certamente alguns vivem e outros convivem. Em uns somos protagonistas. Noutros fazemos de conta que não vemos ou somos coniventes por inércia, omissão ou conveniência.
Quantos de nossa sociedade já não arriscaram burlar ou mesmo enganaram a Receita Federal para não pagar os impostos devidos no ajuste anual? E muitos fazem isso todos os anos...
Quantos de nossa sociedade já não pediram absolvição ou ofereceram propina ao guarda de trânsito para aliviar ou anular uma multa corretamente aplicada? Onde tínhamos cometido algum delito? Ou já não fomos subornado por um guarda de trânsito por ter algum problema no carro tipo à falta de um equipamento obrigatório?
Quantos de nossa sociedade já não tentaram comprar ou mesmo compraram um votinho para um determinado candidato na esfera pública ou mesmo no setor privado? A palavra votinho pode significar a consciência...
Quantos de nossa sociedade não conhecem a falsidade que paira desvairadamente no campo religioso tanto por parte dos dirigentes como da comunidade religiosa? Lembram daquele fiel que vai a igreja aos domingos, mas durante a semana traiu e trai a esposa, trata mal os filhos e empregados. Ou têm lucro exorbitante em seus negócios. Lembram da história do dízimo como é desvirtuada todos os dias.
Quantos de nossa sociedade já não viram casos comprovados de atitudes compatíveis com corrupção no Serviço Público ou mesmo privado? Do tipo repassar uma porcentagem para o gerente liberar um empréstimo bancário mais rápido...
Quantos de nossa sociedade que trabalha com licitação ou construção pública não aliciaram ou foram aliciados para emitir notas fiscais acima do valor da obra ou coisa que o valha?
Quantos de nossa sociedade que é comerciante já não tentaram falsear documentos ou mesmo “conversar” fiscais tributários, ou mesmo nem tiraram notas fiscais para ludibriar o fisco?
Quantos de nossa sociedade já não compraram medicamentos no balcão de uma farmácia sem antes ter passado por um médico para se consultar? Viciando cada vez mais o sistema farmacêutico.
Quantos de nossa sociedade já não jogaram um papel, um saco plástico ou algum objeto inútil no meio da rua ou na margem das estradas poluindo o meio ambiente? Ou mesmo viram alguém fazer isso e não disseram nada?
Quantos de nossa sociedade já não reprovaram ou reprovam veementemente o Governo Lula pela corrupção comprovada em vários momentos de sua gestão, e em contrapartida defenderam ou defendem Fernando Henrique Cardoso que pagou 200.000,00 reais a cada deputado pelo voto na PEC da (sua) reeleição, planejou a tramóia do Projeto SIVAM e tantos outros esquemas de má-fé, ou vice-versa?
Quantos de nossa sociedade, médicos, já não deram ou forneceram a um “amigo” um atestado médico gracioso, somente para agradá-lo?
Quantos de nossa sociedade não possuem um carro ou mesmo uma casa financiada e estamos com uma, duas, três, ou mais parcelas atrasadas. E continuam se enganando pensando que tem algum bem?
Quantos de nossa sociedade já não mandaram dizer ao interlocutor do outro lado do telefone que não se encontrava em casa com o intuito de não atender a ligação?
Se fôssemos enumerar todos os tipos de mentiras existentes, iríamos encher muitas folhas. Realmente somos todos mentirosos. Continuamos tentando tirar um argueiro do olho de nosso próximo quando em nosso globo ocular tem uma coivara. Uma mentirinha ou uma mentira ou uma grande mentira continua sendo uma mentira. E todos nós já fizemos isto.
Fala-se muito em solidariedade, honestidade, fraternidade, igualdade, liberdade, honestidade. Quem não quer ser o mais direito, o mais honesto, o mais fraterno, o mais justo, etc. Será que somos? Quem tem a certeza que é realmente o que divulga? O que fala, ou o que faz?
Bem poucos fazem o que ensinam ou divulgam. E muitos agem totalmente diferentes do que passam para o seu próximo. Isto nada mais é do que um grande embuste. Se todos fizessem o que aprendem ou o que escutam os outros falarem, a sociedade mundial seria completamente diferente.
Ou muda-se de atitude drasticamente ou continuaremos habitando um mundo de fantasia, um mundo do faz de conta, um mundo de mentiras. Lembremos que as fadas e duendes não existem, nem nunca existiram. Branca de Neve e Cinderela estão grudadinhas nos livros de ficção. Coloquemos nossos pés no chão. Deixemos de ser uma mentira. Daí sobrevém os outros males que nos assolam.
Autor:José Arimatéia de Macêdo –
http://www.arimateia.com/

Arimatéia Macêdo por Ele mesmo::::
Eu nasci em Aurora, estado do Ceará e me criei no oco do mundo. Sou médico formado pela Universidade Federal do Ceará. Sou casado e tenho três filhos. Sou filho de Seu Vigário e de Dona Conceição. Fui iniciado maçom na Loja Maçônica Cavalheiros Spartanos N. 85, em Juazeiro do Norte, no Ceará.
Sou católico. Devoto do Padre Cícero e de Frei Damião. Acho bom ouvir Zé Ramalho, Lourinaldo Vitorino, Ivanildo Vilanova, João do Vale, Geraldo Azevedo, Luiz Fidelis, Paulo Diniz, Fagner, Xangai, Juraildes da Cruz, Genézio Tocantins, Vital Farias, Oliveira de Panelas, Moacir Laurentino, Louro Branco, Geraldo Amâncio, os irmãos João, Chico, Daudeth e Pedro Bandeira. Sem esquecer Luiz Gonzaga e Coronel Ludugero. Sou fã de Lampião e do Príncipe Ribamar.
Gosto de festa de vaquejada, mulher, forró. Adoro comer buchada de bode, sarapatel, batida, baião de dois, angu com peixe frito, carne de bode assada, rapadura e alfinim. Aprecio uma boa cantoria, maneiro-pau, e embolada. Amo Juazeiro do Norte. Não sou escritor. Sou um mela papel de tinta de impressora, pois hoje em dia não se usa mais lapiseira nem máquina de escrever Olivetti. Mas aprecio um bom texto. Moro em Gurupi, estado do Tocantins. (AM).

terça-feira, 28 de abril de 2009

Data: A Caatinga nossa de cada dia!


Nesta terça-feira, dia 28 de abril comemorou-se no Nordeste do Brasil o dia da Caatinga. Mas convenhamos... O que devemos mesmo comemorar? Se o bioma dos nossos sertões nordestinos vem sendo vergonhosamente castigado pela sanha destrutiva do bicho homem. Por sinal o único dos animais, que cabotinamente pensa que não é animal. O que devemos comemorar? Se o caos ambiental também se expressa com todas as suas cores pálidas e negras nos nossos grotões, até mesmo nos mais distantes das grandes metrópoles? O que se há de comemorar? Se a devastação a cada dia continua a crescer como um verdadeiro câncer a se abater sobre a fauna e a flora das nossas paragens interioranas?
Com que moral nós sertanejos da passividade, os acadêmicos da indiferença, os técnicos dos birôs a ar-condicionado, os latifundiários sedentos de vil metal? Os políticos fisiologistas, os cegos da imprensa-marrom, os pequeno-burgueses das cidades, os sulistas insensíveis, os ecochatos do pensamento tosco e mesquinho acostumados com suas frases feitas? Os covardes que a todos os demais se igualam justamente pelo teor da sua absurda indiferença. Então, o que de fato teremos que comemorar? Nossa caatinga está num processo acelerado de desaparecimento total. Só os cegos dos governos e da pós-modernidade não vêem o que está a ocorrer com os recursos naturais da caatinga nordestina e do Ceará em especial.
Grandes levas de espécies animais e vegetais ou já estão completamente perdidas ou em vias de desaparecerem para sempre. O processo de extinção das nossas espécies é hoje uma realidade que nos fura os olhos e arranha a nossa sensibilidade. Todo o desequilíbrio e a degradação dos ecossistemas planetários também se expressam na biodiversidade dos nossos sertões historicamente ao “Deus dará”.
Nossos rios, fontes e riachos passam todos por um intenso e avançado processos de destruição. Explorados que são pela fome de poder de todos aqueles que ainda não estão convencidos de que a natureza é vida e de é impossível se comer dinheiro. Desrespeitada que está pela insensatez e ignorância das pessoas, através de atitudes esdrúxulas como o desmatamento, as queimadas, a caça e a pesca predatória, a poluição dos nossos lençóis freáticos, pelas enxurradas de esgotos despejados nos nossos frágeis mananciais. E daí decorre todo o resto: assoreamento, erosão desenfreada, derrubada da mata ciliar, barramento indiscriminado dos nossos rios, extinção de espécies endêmicas, desertificação, estiagem prolongadas e cheias inexplicáveis entre outros fatores. Outras conseqüências incalculáveis ainda estão por vir. Pois, como bem disse o sábio tibetano, o simples bater de uma asa repercute pelo universo inteiro. Com a natureza acontece exatamente assim...
Mas, digamos, se não temos muito o que comemorar neste dia da Caatinga – um bioma exclusivamente brasileiro, único do planeta. Devemos pelo menos aproveitar este momento para uma reflexão profunda acerca da nossa relação histórica com a “mata branca” do sertão e seus recursos naturais. Quem sabe assim, possamos abrir os olhos para a catástrofe e o abismo que se avizinham e que estando todos, conscientes ou não, indo ao seu encontro. Quem sabe, também possamos despertar deste sono letárgico a que estamos todo submetido, quer seja, o da destruição total do próprio planeta. Talvez, se nada for feito no sentido da mudança dos nossos velhos paradigmas socioambientais, fatalmente experimentar do mesmo fim trágico que tiveram os dinossauros.
Que neste dia dedicado a caatinga possamos pelo menos reavaliar nossos princípios e nossa maneira de relacionarmos com a natureza e os recursos naturais da biosfera de um modo geral.
Vivamos então a Caatinga do Ceará e do Nordeste. Pois este bioma singular é, por assim dizer, o maior patrimônio do homem sertanejo e brasileiro.
Por: José Cícero
da redação do blog da Aurora e do JC
Aurora - CE.

Antibióticos: Um grande Dilema

Um dos graves problemas enfrentados atualmente pela ciência médica é o uso indiscriminado, muitas vezes desnecessário, e inadequado de antimicrobianos, o qual traz conseqüências funestas dentre elas o aparecimento da tão temida resistência microbiana.
A resistência microbiana tem como definição a capacidade que os micróbios patogênicos têm de burlar ou ludibriar a droga que é ingerida pelo enfermo para eliminá-los. Esse evento pode beneficiar qualquer germe causador de doenças nos seres vivo. Sejam eles bactérias, vírus ou fungos. Como foi primeiramente estudado em bactérias daí se notabilizou o nome de resistência bacteriana.
Essa resistência pode ocorrer por muitos fatores. Dentre estes se citam a indicação clínica incorreta dos antibióticos, a super ou subdosagem, a prescrição por pressão ou a pedido do cliente, a insegurança do médico, a ingestão errada por parte do paciente, a diferença da metabolização da droga em cada indivíduo, os antibióticos similares sem qualidade, etc. Além de verificar-se nos postos de saúde e até mesmo em clínicas privadas a prescrição de antibacterianos para tratar um resfriado comum, uma gripe, etc. Doenças que não necessitam deste tipo de procedimento.
Na primeira metade do século passado o médico escocês Alexander Fleming descobriu a penicilina. Naquela mesma época ele já descrevia a possibilidade dos micróbios estudados tornarem-se resistentes à penicilina em laboratório e que esse fenômeno poderia ocorrer no corpo humano. Infelizmente, a sua previsão se confirmou.
Mais de sessenta anos se passaram da descoberta do pesquisador Fleming e, embora esse conhecimento tenha avançado, a resistência microbiana é um gravíssimo problema de saúde pública, impondo dificuldades no tratamento das infecções. Assim, desde a descoberta da penicilina, o sucesso da terapia antimicrobiana tem sido, de certa forma, ofuscado pela resistência dos microorganismos.
O problema da resistência microbiana causado pelos motivos já citados é tão grave que, nas últimas décadas a indústria farmacêutica tem dispensados poucos recursos para a descoberta de novos antimicrobianos. A explicação é que os trabalhos de investigações nesse campo demandam muito tempo tornando-se caro e de risco elevado.
Levando-se em consideração o tempo de uso com eficácia da droga estudada, torna-se inviável devido a rapidez com que os agentes antes sensíveis adquirem resistência.
Para se ter uma idéia da gravidade do problema é interessante frisar que a aprovação pela Vigilância Sanitária Americana (FDA) de novas drogas antibacterianas foi reduzida em 56% nos últimos 20 anos. Dos antibióticos desenvolvidos nos últimos dez anos poucos ou nenhum têm atividade efetiva contra a bactéria Pseudomonas aeruginosa multi-resistente, que é responsável por muitos dos óbitos causados pelas infecções ditas “infecção hospitalar”.
Em todas as partes do mundo já existem germes multi-resistentes inclusive no Brasil. Esse problema é uma das grandes preocupações da Organização Mundial de Saúde. Especula-se que no máximo, em vinte anos um número enorme de microorganismo estará poli-resistente se continuar a desdenha com o uso dessas drogas. Se não ocorrerem mudanças drásticas de atitudes quanto ao manuseio adequado dos agentes antimicrobianos por parte dos médicos e demais prescritores, num futuro bastante próximo poderá haver infecção intratável com os antibióticos existentes.
Por derradeiro, faz-se necessário a participação de todos na discussão e resolução desse grave problema. A imprensa com seus tentáculos de chegar a todos os lugares; O poder público com o direito de chegar aonde quiser para o bem da comunidade; A sociedade civil organizada que são os verdadeiros interessados. E especialmente, os protagonistas que são os profissionais da saúde e os pacientes/clientes os quais podem modificar sobremaneira os fatores enunciados. Prescrever antibióticos não deve ser fácil nem muito menos banal para o prescritor, nem deve ser simples para o usuário tomá-los. Isto é muito grave e deve ser encarado sem sofisma e sem fantasia antes que sobrevenha o pior e seja tarde.
Autor: José Arimatéia de Macêdo –
Médico (filho de Aurora-CE e residente em Guripi-TO

1 comentário do JC:::

Creio que temas como este deveriam ser mais debatidos junto a nossa sociedade. Pois, como sabemos a automedicação é de uso corrente em toda população brasileira. O que não é nada salutar. Todavia, a questão relacionada ao uso indiscriminado dos antibiótico, ao meu juizo, multiplica o problema por 1000 posto que favorece a resistência microbiológica e, consequentemente a criação/surgimento da temível super-bactéria. Então, voltaremos a estada zero na histórica(microbiótica) quando o grande Alexande Fleming não havia ainda, por acaso, descoberto a dádiva da penicilina. Com a super-bactéria precisaremos descobrir por acaso ou não, uma substância que possa combater esta, que agora, já começa a não ser apenas uma ameaça, porém uma triste realidade. Coisas da velha humanidade... Basta vermos a gripe aviária e agora, a temível gripe suína. Que Allá nos proteja e guarde. Parabéns nobre doutor!
Prof. José Cícero/Aurora - CE.
Da Redação do Blog da Aurora e do JC.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Planejamento Educacional: Uma abordagem racional e científica dos problemas*

Talvez seja melhor começar por dizer o que não é o planejamento educacional. Não é uma panacéia miraculosa para os sistemas de ensino que sofrem de males diversos; não é uma fórmula que se possa aplicar a todas as situações, sem levar em conta as suas particularidades. Não é, também, uma conspiração para suprir as liberdades e prerrogativas dos professores, administradores e estudantes, nem um meio de permitir a um pequeno grupo de tecnocratas usurpar o poder de uma sociedade para escolher e decidir a respeito dos objetivos, das orientações e das prioridades para a educação. Não é, tampouco, um exercício gratuito em que se negligenciem, ao mesmo tempo, as características fundamentais da educação e o seu fim último: o homem e uma vida humana plenamente realizada.O planejamento educacional é, antes de tudo, aplicar à própria educação aquilo que os verdadeiros educadores se esforçam por inculcar a seus alunos: uma abordagem racional e científica dos problemas. Tal abordagem supõe a determinação dos objetivos e dos recursos disponíveis, a análise das conseqüências que advirão das diversas atuações possíveis, a escolha entre essas possibilidades, a determinação de metas específicas a atingir em prazos bem definidos e, finalmente, o desenvolvimento dos meios mais eficazes para implantar a política escolhida. Assim concebido, o planejamento educacional significa bem mais que a elaboração de um projeto: é um processo contínuo, que engloba uma série de operações interdependentes.Definição mais precisa dos objetivos da educação. Um sistema de ensino, cujos objetivos são imprecisos, é como um barco que navega sem destino: não podendo fixar sua rota, acaba geralmente por se locomover em círculos. Refletindo o conceito que a sociedade faz do próprio futuro, os objetivos educacionais de um país devem, evidentemente, ser fixados pelo conjunto desta sociedade e pelos dirigentes que ela escolheu. Devem exprimir fielmente os valores fundamentais da sociedade – valores morais, culturais e estéticos – e considerar os diversos papéis que o indivíduo pode ser chamado a desempenhar enquanto cidadão, trabalhador ou membro de uma família. Os responsáveis pelo planejamento educacional podem ser úteis, insistindo sobre o fato de que estes objetivos devem ser suficientemente precisos a fim de permitirem a determinação de medidas apropriadas. Podem também insistir com proveito para que os diversos objetivos formem um todo coerente e obedeçam a uma ordem de prioridade, já que é impossível atender a todos rápida e simultaneamente. Devem, finalmente, assegurar-se de que a definição dos objetivos e a fixação de uma ordem de prioridade sejam consideradas tarefas permanentes e se tornem objeto de revisões periódicas.
Planejamento
As idéias de planejamento são discutidas amplamente em nossos dias. Numa resenha bibliográfica em torno do assunto, encontramos algumas posições diferentes entre os autores. No entanto, em dois aspectos há acordo unânime, isto é, consideram planejamento a previsão metódica de uma ação a ser desencadeada e a racionalização dos meios para atingir os fins.Planejamento, na sua acepção mais ampla, sempre abrange uma gama de idéias. Por si só não constitui a fórmula mágica que soluciona ou muda a problemática a ser resolvida. Exige uma busca cada vez maior de estudos científicos que favoreçam o estabelecimento de diretrizes realistas. Nunca devemos pensar num planejamento pronto, imutável e definitivo. Devemos antes acreditar que ele representa uma primeira aproximação de medidas adequadas a uma determinada realidade, tornando-se, através de sucessivos replanejamentos, cada vez mais apropriado para enfrentar a problemática desta realidade. Estas medidas favorecem a passagem gradativa de uma situação existente para uma situação desejada.Nessa perspectiva, vemos que planejamento é:um processo que consiste em preparar um conjunto de decisões tendo em vista agir, posteriormente, para atingir determinados objetivos ; euma tomada de decisões dentre possíveis alternativas, visando atingir os resultados previstos de forma mais eficiente e econômica .O planejamento requer que se pense no futuro. É composto de várias etapas interdependentes, as quais, através de seu conjunto, possibilitam à pessoa ou grupo de pessoas atingir os objetivos.É a base para a ação sistemática. É utilizado na área econômica, social, política, cultural e educacional, permitindo o maior progresso possível, dentro da margem de operação definida pelos condicionamentos do meio.
Planejamento Educacional
A educação é hoje concebida como fator de mudança, renovação e progresso. Por tais circunstâncias o planejamento se impõe, neste setor, como recurso de organização. É o fundamento de toda ação educacional.A educação, por ser considerada um investimento indispensável à globalidade desenvolvimentista, passou, nos últimos decênios de nosso século, a merecer maior atenção das autoridades, legisladores e educadores.Amparados em legislação pertinente, foram desencadeados processos de aceleração, principalmente no que diz respeito à expansão e melhoria da rede escolar e preparação de recursos humanos.O planejamento educacional põe em relevo esta área, integrando-a, ao mesmo tempo, no progresso global do país.Nessa ampla perspectiva constatamos que planejamento educacional é:processo contínuo que se preocupa com o “para onde ir” e “quais a maneiras adequadas para chegar lá”, tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades do desenvolvimento da sociedade, quanto as do indivíduo ; eprocesso de abordagem racional e científica dos problemas da educação, incluindo definição de prioridades e levando em conta a relação entre os diversos níveis do contexto educacional.
Nelson Valente
O autor é professor universitário, jornalista e escritor
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quinta-feira, 16 de abril de 2009

História: Prefeitura de Aurora adquire antigo Casarão da Reffsa

Prefeitura de Aurora adquire prédio antigo preservando patrimônio histórico do município
A Prefeitura de Aurora acaba de conseguiu a aquisição do prédio histórico conhecido popularmente com 'o Casarão da Reffsa". O antigo prédio serviu durante muito tempo com residência do agente da rede ferroviária quando o trem ainda era uma realidade em toda região. Edificado no inicio da década de 20, o velho casarão constitui uma verdadeira relíquia. Um testemunho vivo de parte importante da história de Aurora. Por pouco, não toma o mesmo destino do Galpão da Reffsa e da Cadeia Pública do município. Ambos demolidos há mais de 10 anos.
Sabedor da importância da preservação da memória histórica e cultural, o prefeito Adailton Macêdo decidiu pela aquisição da casa do agente atendendo a uma das primeiras propositivas da Seculte-Aurora.
O prédio está em estágio avançado de reforma e, conforme o secretário de cultura do município, o professor José Cícero, as obras se estendem igualmente ao prédio da Estação. O primeiro abrigará a sede da secreatria, albergando os departamentos de Cultura, Turismo e Esporte. Além de possibilitar um adequado espaço para Exposições permanetes, oficinas de artes e ofícios, bem como de lazer e entretenimento cultural. "Vamos criar novos espaços para nossos artistas e artesãos", disse o chefe da pasta. O casarão será por assim dizer um verdadeiro propulsor do novo movimento sóciocultural de Aurora.
O titular da Seculte, comemorou a aquisição do prédio por ser pesquisador e estusiasta da preservação da história de Aurora. Quanto à estação ferroviária, a idéia é abrigar a bibliotca Pública que terá seu acervo ampliado. O segundo salão da estação servirá a Ilha Digital e o centro um museu, espaço público-cultural e praça de alimentação(centro gastronômico valorizando a rica culinária local), disse o secretário. "Temos um projeto mais extenso com vistas ao tombamento de outros espaços históricos, a exempo do próximo, que será o antigo prédio que serviu como residência ao fundador de Aurora - Cel. Xavier, que remonta os idos de 1731, Além da estação e a casa do agente do distrito de Ingazeiras, finalizou.
Por: Luiz Neto Xetão
Aurora-CE

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Caso Dorothy Stang: Organizações elogiam decisão judicial


fotos:(1) Cartaz Instituto Dorothy e (2) a freira no lombo do animal rodeada de crianças na Amazônia
Organizações da sociedade civil receberam com entusiasmo o julgamento do Tribunal de Justiça do Pará que anulou ontem (7) a decisão do júri que absolveu o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, da acusação de ser um dos mandantes do assassinato da missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang.
O coordenador do Comitê Dorothy Stang, Dinailson Benassuly, disse que o resultado "traz de volta a esperança de que a Justiça realmente prevaleça". Para ele, o Pará tem a chance de quebrar um estigma que mancha a reputação do Estado: não punir mandantes de crimes no campo.
Além da prisão do fazendeiro, a organização também pede justiça para outro participante do crime. "Além de Bida, também exigimos a punição de Regivaldo, outro responsável pelo crime e que até hoje não sentou no banco dos réus", afirmou Benassuly.
Segundo O Globo, as irmãs da Congregação de Notre Dame de Namur, a qual pertencia a Dorothy, comunicaram a decisão aos parentes da missionária nos Estados Unidos. Por telefone, David Stang, irmão de Dorothy, disse que ficou feliz com a decisão.
Na mesma sessão os desembargadores decidiram anular também o julgamento de Rayfran das Neves, que foi condenado a 27 anos de prisão como executor da religiosa. No entendimento dos desembargadores, os jurados não levaram em consideração a qualificadora de promessa de recompensa, pois na época do julgamento eles acreditam que a Promotoria não conseguiu provar que Rayfran receberia recompensa em dinheiro pela morte da religiosa. Se isso tivesse ocorrido, a pena de Rayfran poderia ser maior.
No caso de Bida, a Justiça entendeu que o julgamento deveria ser anulado porque a defesa usou uma prova ilegal, quando exibiu um vídeo com um depoimento onde outro participante do crime inocenta o fazendeiro. A decisão se deu devido a prova ter sido incluída nos autos sem o conhecimento do juiz e do Ministério Público.
Defesa
O advogado do fazendeiro, Eduardo Imbiriba, disse ao jornal Folha de S. Paulo que seu cliente é inocente e que entrará com recursos para reverter a decisão do tribunal.
Segundo Imbiriba, os recursos devem ser protocolados no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Em relação ao mandado de prisão expedido pelos desembargadores, ele afirmou que na segunda-feira vai entrar com um pedido de habeas corpus no STJ para que Bida seja solto.
O caso
Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros no dia 12 de fevereiro de 2005, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu (PA).
O fazendeiro Bida foi acusado de ser mandante do crime e condenado a 30 anos de prisão no dia 15 de maio de 2007. Porém, a decisão do de júri popular o absolveu desta acusação, em maio de 2008. Com o julgamento o TJ do Pará, que anulou a última decisão, os desembargadores mandaram prender imediatamente o fazendeiro até que um novo julgamento seja realizado. Bida deverá ser encaminhado para a Penitenciária Estadual Metropolitana (PEM III), em Americano (PA). Fonte: Amazônia.org - A.L /Vermelho.org.br

terça-feira, 7 de abril de 2009

Professor Tarciso Leite comenta artigo de José Cícero

PREZADO prof. JOSÉ CÍCERO E MUI DIGNO SECRETÁRIO DE CULTURA E TURISMO DE AURORA,
Li e reli seu substancioso artigo, de (4/4/09 no Blog da Aurora), onde analisa e critica o processo de desenvolvimenhto como é visto e dinamizado em nossa sociedade contemporânea, sob comando do capitalismo ou neo-liberalismo...Endosso seu ponto de vista e suas críticas bem fundamentadas. O desenvolivmento, que segundo Karl Max é um "imperativo histórico", devia ser melhor orientado e conduzido, para evitar "tanta exploração do proletariado pela burguesia megalomaníaca, ambiciosa, alienada e desumana". (Das Kapital). Seu artigo dá muito o que refletir, e uma discussão sobre os tipos de sociedades existentes no mundo contemporâneo, inclusas as "subdesenvolvidas e párias" da África, as em "via de desenvolvimento" da Ásia e da América Latina, as que se consideram "desenvolvidas e berço da civilização ocidental": Européias e as que se vêem como protótipos de "sociedades altamente desenvolvidas", como as Norte-americanas...
Parabéns! temos que tentar desenvolver o mundo dentro de uma visão mais humana, igualitária, sem disparidades continentais, regionais, nacionais e sócio-culturais... Temos que descobrir como contribuir para dirimir esta triste situação globalizada, injusta e desequilibrada. Sempre acho que nós, os "conscientes desta realidade", frequentemente vamos na mesma corrente, sem muito fazer para tentar mudar o perfil mundial e descobrir novos horizontes para realizar algo de concreto com o surgimento de uma "nova humanidade". Avante! Tentar conscientizar os outros já é um passo... Mas, por onde começar o alicerce novo desta "nova humanidade"?
Breve estarei em Aurora: Semana Santa.
Abraço do professor conterrâneo,
Tarciso Leite.
Fortaleza - CE.

sábado, 4 de abril de 2009

Ação Globalizada com Identidade Priorizada

Creio que urge a necessidade da informatização na escola, pois é um novo renascer para a auto-afirmação do estudante com os valores culturais permeados no espaço geográfico e social.
É mister afirmar que a globalização é uma ferramenta de grande valia para o desenvolvimento epistemológico da humanidade. Entendo que a internet é base para a expansão continuada do conhecimento de forma uniforme nas diferentes camadas que formam a sociedade, para o aprimoramento intelectivo dos agentes envolvidos.
Igualmente, vale ressaltar que a uniformidade do poder online, teria um agente motivador contínuo, com a postagem do conhecimento local do aluno; as tomadas de atitudes ligadas a cultura local, a história, a literatura, as artes e o conhecimento de uma forma geral. Pois de posse de sua identidade cultural educacional afirmativa, ai, sim as portas do mundo à luz da internet aberta, todo o patrimônio regional e global continua a pulsar vivo nas entranhas da sociedade, que além da identidade do eu no espaço tempo, um rumo de pensar positivamente para o bem estar da coletividade humana.
Por - Luiz Domingos de Luna
Professor, Poeta e Pensador.
Consultor da Revista Aurora