Sr. Alonso Joaquim com JC durante visita à capelinha de Cotinha |
Parte externa da Capelinha da jovem Cotinha no sítio Maracajá-Pavão |
JC ao lado da Sra. Edite esposa de Seu Alonso Joaquim na entrevista |
Antiga residência construída pelo pe. Cícero na localidade |
Cordial seu Alonso Joaquim recebe nossa equipe de reportagem |
No interior da capelinha diante da Cova de Cotinha |
Esta semana estivemos em visita
ao sítio Maracajá na região de Pavão - antigas terras que um dia
pertenceram ao padre Cícero Romão Batista. Na época numa extensão que
perfazia 6 braças de terra de um lado e outro do rio Salgado sob os cuidados e a administração do seu compadre o célebre Cel. Cândido do Pavão.
Seu Alonso durante a entrevista |
Fomos
mais uma vez entrevistar o morador e atual proprietário do lugar o
senhor Alonso Joaquim(86 anos) sobre a recente matéria publicada
inicialmente na web e na imprensa de Juazeiro do Norte. Tal notícia se
referia aos possíveis restos mortais da beata Maria de Araújo estarem
sepultados naquele local. A versão dava conta de que tais informações
partiram do atual proprietário. Fato inclusive que o mesmo negou
terminantemente.
REPORTAGEM PIONEIRA DA REVISTA AURORA:
No
final de 2006 lançamos o primeiro número da Revista Aurora que trazia
em suas reportagens especiais de capa a verdadeira história sobre a
antiga Casa construida no Maracajá pelo padre Cícero, que além do Pavão
como criatório de gado e plantio de milho, também possuía as famosas
minas do Coxá situadas nas proximidades. E que portanto, em cujo casarão
morou por muitos anos o seu vaqueiro de nome Pedro Rodrigues e sua
esposa dona Mariazinha. O casal tivera uma filha de nome Cotinha que
morrera de Lepra(hanseníase) após anos de grande sofrimento. E como não
pôde ser enterrada no cemitério nem de Aurora nem da então vila de
Ingazeiras, os pais sob a orientação do própria padre Cícero a sepultou
ali mesmo bem ao lado da casa num pequeno cercado rodeado de roseiras e
pau a pique.
Exemplares da Revista Aurora-06/07 |
Hoje
sobre a cova da jovem existe uma modesta capelinha e, em nome da
jovem(segundo relatos populares como dos atuais moradores) muitas
promessas são feitas e graças já foram alcançadas por muitos devotos não
apenas da região. No interior da exígua capela, existem ainda um belo
cruzeiro de madeira assim como uma bonita pedra inteiriça(extraído do
horto) que serve de tampa sobre a sepultura da menina.
De
modo que, toda verdade acerca deste fato nos foi relatada em 2006,
tanto pelo sr. Alonso quanto pela sua esposa Dona Edite Gonçalves, que
na época asseguraram ainda que um tio de nome Zeca Custódio(já falecido)
havia participado de tal sepultamento.
Portanto,
achamos no mínimo esquisito tal notícia veiculada acerca de uma outra
versão diametralmente oposta a que apuramos. E assim fomos novamente
entrevistá-los sobre a mesma pauta. Tal não foi nossa surpresa quando o
mesmo informou que nada daquilo que escreveram recentemente no noticioso
juazeirense havia saído da sua boca, ou seja, não dissera nada daquilo que lá publicaram. O que não deixa de ser ainda mais estranho e lamentável. A partir daí surgiu até a notícias acerca de uma possível exumação.
Grande cruzeiro da capela |
Mas,
convenhamos, cai por terra qualquer insinuação que não seja o da
verdade, isto é, o que foi publicado anteriormente pela Revista Aurora e
agora referendado pelo casal permanece de pé. Nenhum fato, por menor
que o seja, aponta para a versão sobre a possibilidade dos restos
mortais da beata Maria do Araújo estarem ali na cova de Cotinha.
Uma pena que alguém
possa querer mesmo após tantos anos desvirtuar a verdade sobre um assunto tão sério como este.
Que
deixem a jovem Cotinha continuar descansando em sua morada de paz. Ela, que inclusive em vida sofrera tanto.
.......................
Prof. José Cícero
Secretário de Cultura e Turismo
Aurora - CE.
fotos: Jean Charles -Jc
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