sexta-feira, 8 de maio de 2009

A Gripe A e o Desequilíbrio Ambiental

Por José Cícero
Por uma razão ainda desconhecida a natureza tem se apresentado em períodos distintos da história humana como um autêntico instrumento de contenção e controle, por assim dizer, do crescimento populacional, que no momento, beira a casa de pouco mais de 6 bilhões e meio de pessoas. Um número certamente preocupante se levarmos em conta os atuais padrões de consumo dos nossos recursos naturais. Por conta disso a natureza já começa a dá os primeiros sinais do seu iminente esgotamento progressivo.
De modo que, nunca é demais recordar os diversos tipos de tragédias e catástrofes naturais já ocorridas ao longo da história planetária. Das mais remotas, podemos citar o soterramento há mais de dois mil anos da cidade italiana de Pompéia pelo vulcão Vesúvio, o desaparecimento do continente de Atlântida engolida pelo mar revolto, segundo os relatos de Platão nos distantes primórdios da era cristã. Ainda, a misteriosa extinção dos dinossauros, bem como calamidades mais recentes como a 'peste negra', a gripe espanhola que no século XIX arrasaram populações inteiras em diferentes rincões do mundo, notadamente na Europa que teve ''um terço'' dos seus habitantes ceifados por esta pandemia mortífera. Tudo está profundamente ligado diretamente com a questão ambiental.
Agora no momento hodierno, assistimos fenômenos como o Tsunami asiático que deixou um rastro de morte e destruição no litoral da Indonésia e outros países da Ásia; o Furacão Catrina que varreu por completo a cidade de Nova Orleans nos EUA. Como também tufões e terremotos a se espalhar por várias partes do planeta, além de outros fenômenos inusitados decorrrentes do descontrole climático, tais como: secas em regiões tropicais historicamente sempre úmidas, como na região amazônica, pantanal e nos municípios gaúchos. Inudações destutivas de Norte a Nodeste do Brasil, além acontecimentos cada vez mais recorrentes, advindos do aquecimento global. A saber: o derretimento cada vez mais rápido das calotas polares elevando o nível do mar; o acirramento do efeito estufa, o aumento da desertificação, o célere processo da escassez de água doce em inúmeras partes do Globo, o assoreamento dos rios, a extinção acelerada de espécies animais e vegetais, tudo decorrente das várias formas de poluição do meio ambiente. Sem esquecermos o surgimento de novas doenças cada vez mais implacáveis contra os seres humanos, tais como a própria Aids, o vírus Ebola, a gripe aviária, a super bactéria, bem como a permanênicido do Cancêr(a desafiar a ciência dos homens) e a se multiplicar pelo mundo inteiro. Neste momento, a preocupação mais imediata é a chamada''gripe suína ou A'' causada pelo vírus H1N1, verificado pela primeira vez nos EUA e México que já começa a se expandir em escala planetária.
O mundo moderno agora é uma aldeia. É como vivessemos todos juntos num verdadeiro caldeirão, respirando o mesmo ar, compartilhando o mesmo espaço geográfico e, em contato com quase todas as realidades globais a um só tempor.
Médicos, infectologistas da própria Organização Mundial de Saúde(OMS) alertam para o perigo iminente de um surto pandêmico da influenza A que pode matar até 50 milhões de pessoas.
Uma pandemia talvez sem nenhum paralelo na história humana.
O avanço tecnológico tornara o mundo quase uma aldeia, de tal maneira que para o vírus mutante da influenza, irradiar para quase todo o planeta seria apenas uma questão de dias. Diferentemente de como ocorria no passado quando as populações eram mais estáveis. De resto é bom que se diga também, que nem sempre a comunidade cientifíca internacional pode nos dizer o real acerca de prognósticos como este. Assim, é absolutamente possível que apenas as meia-verdades estejam sendo ditas para nós no que se refere ao verdadeiro perigo potencial que representa tal gripe provocada pelo vírus da gripe suína H1N1.
Já no Brasil diante de um ministério da saúde no mais das vezes leniente, a população e o Governo precisam desde já, arregaçar as mangas e ir se preparando para o que pode vir por aí. Caso nada seja feito em tempo, tanto no aspecto educativo(conscientização) quanto no sentido da prevenção/preparação.
Por: José Cícero
Da Redação da Revista Aurora
Aurora-CE

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