sábado, 21 de novembro de 2009

Secretaria de Cultura estuda Simpósio que abordará os 83 da 1ª Passagem de Lampião e seu bando por Aurora


JC ao lado de Sérgio Barros em Juazeiro-CE e atriz Mª Bonita
No último, sábado (21) a Secretaria de Cultura de Aurora, por intermédio do secretário José Cícero esteve visitando em Juazeiro do Norte o diretor do grupo ‘Cabras de Lampião’ – o folclorista, cineasta, ator e diretor Sérgio Barros(foto).
Na ocasião foi discutida a viabilidade da realização do 1º Simpósio Municipal sobre os 83 anos da 1ª passagem de Lampião pelas terras aurorenses. Além de uma exposição sobre a temática lampiônica e o cangaço como fenômenos tipicamente nordestinos. Ainda, segundo o secretário, existe igualmente a proposta da apresentação de peças de teatro acerca da história do rei do cangaço encenada pela Cia. de Teatro Cabras de Lampião e uma outra, pelos que integram o Núcleo de artes cênicas da própria Secretaria de Cultura local. Atividades que, como pensa ele, ocorreriam de forma simultânea ao evento principal.
Um roteiro turísticos acerca da trajetória percorrida por Lampião e seu bando e prédios históricos de Aurora também faria parte da agenda comemorativa, aberta aos visitantes, conforme enfatizou José Cícero.
“Iremos levar a idéia para a apreciação do prefeito Adailton Macedo, em seguida à reunião mensal de avaliação que promovemos com toda equipe da secretaria”. “É certo dizer que Aurora protagonizou uma das páginas mais marcantes e emblemáticas da história do cangaço e de Lampião. E isto está bem contado na Revista Aurora com riquezas de detalhes”.
"Basta sabermos que vários conflitos entre a volante e o bando de Lampião aconteceram aqui, sendo o mais significativo o que ocorreu no sítio Ribeiro. Além da conhecida tentativa de envenenamento ocorrido na Ipueiras, o seqüestro do patriarca dos Liras na Lagoa do Mato, sem esquecer a ligação de Lampião com os Penitentes da Ordem Santa Cruz e com o coronel Izaías Arruda, um dos maiores coiteiros do bandoleiro na região, bem como toda a estratégia para invasão de Mossoró que aconteceu aqui sob a logística de Massilon Leite, dentre outros fatos. De tal sorte que tudo isso precisa ser contado, recontado, reescrito, reavaliado e resgatado numa perspectiva histórica avançada. Por isso a razão do evento que propomos para o final do ano. Diria ainda que a história do cangaço é a própria radiografia da realidade social sertaneja secularmente abandonada e espoliada pelas elites da dominação econômica e do poder".
Com o tema do cangaço e Lampião também podemos informar, esclarecer e educar a sociedade no que diz respeito aos fatos importantes e marcantes do nosso passado.
Ainda em julho do ano passado por ocasião da publicação da Revista Aurora o professor José Cícero, juntamente com Luiz Domingos e Ronaldo Santos já mantinha contatos com a direção da Sociedade Brasileira de Estudo do Cangaço(SBEC) que inclusive, esteve visitando alguns locais por onde o rei do cangaço e seu bando passou na terra do Menino Deus. Naquela ocasião os pesquisadores da SBEC foram recepcionados pela Revista Aurora.
Conforme José Cícero, existe ainda a grande possibilidade de uma série de apresentações cinematográficas dentro do projeto que a Seculte está concluindo, intitulado de Cine-Sertão. A idéia é popularizar a sétima arte através da apresentação de filmes que tratem da realidade regional e nordestina, sem esquecer o incentivos à produção local, amadora. Para tanto, o cineasta Sérgio Barros já se dispôs a fornecer algumas das suas produções, como também a secretaria de Cultura de Barbalha e a comissão do Cariri Cangaço através do ativista cultura Manoel Severo.
O professor historiador da UFPB Francisco Pereira, que também é membro da SBEC com sede em Mossoró-RN em contato com o secretário de cultura deAurora também já dispôs a ser um dos palestrantes.
Em Juazeiro, o chefe da Seculte conversou demoradamente com coordenador dos “cabras de Lampião” e viu de perto peças, adereços, cenários, fotografias e outros equipamentos do grupo guardados no antigo prédio da estação ferroviária da cidade ciceropolitana. “Acho até que todo aquele rico material merecia um tratamento melhor, vez que se encontrava meio que espalhados pelo chão e sem uma acomodação mais digna e adequada para um acervo cultural e histórico daquela envergadura”. Cumpre destacar que em breve a equipe da Seculte participará de um encontro com a Cia. juazeirense no sentido de finalizar as discussões acerca do referido projeto.
Da Redação do Blog da Aurora e SeculteAurora.
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