quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Foi Sepultado em Caririaçu o cinéfilo dos Sertões Zé Sozinho

Com enorme pesar registro o falecimento de José Raimundo Cavalcante, aos 67 anos, mais conhecido pela alcunha de “Zé Sozinho” ocorrido nesta segunda-feira, 26 em Juazeiro do Norte no Cariri cearense. Assim de cara, poucos saberiam de quem se trata tal nota de falecimento. Coisas do Brasil, do Ceará e do Cariri onde só se destacam os potentados do vil metal.Zé Sozinho não poderia receber outro nome que não fosse este de uma sociedade excludente, míope, cruel e indiferente a arte dos pequenos, sobretudo aqueles que fizeram a opção pela maioria(os pobres e miseráveis). Os que transformaram a própria vida num sacerdócio em favor do bem e de uma causa nobre, mesmo no anonimato da mídia e longe dos banquetes das elites, assim como dos holofotes de uma imprensa que só tem olhos para a mesmice e para os castelos dos poderosos. Zé Sozinho era tão humilde, consciente e espirituoso que logo absorveu com naturalidade e senso de humor este epíteto. Aliás, algo que lhe caíra como uma luva, em parte, pelo fato de aumentar a sua “fama” entre os raros aparelhos midiáticos do Sul. O que não foi lá muita coisa, nem para o trabalho que fazia e, tampouco para si mesmo. Foi por assim dizer, um transgressor em potencial. Um homem de exceção como bem dissera certa feita o filósofo Nietzsche. Oriundo da agricultura granjeou, contra tudo e contra todos, relativo sucesso ao popularizar a sétima arte entre os excluídos dos sertões. Muitos dos quais a própria sobrevivência já é um milagre.Tantas foram as cidadezinhas, muitas delas até hoje, nunca tinha conhecido de perto uma projeção cinematográfica, que Zé Sozinho, só ele e Deus conseguiu realizar a troco de nada. Tudo em nome da paixão que mantinha pelo cinema.Zé respirava cultura e sofria de diabetes. Doença que durante anos tentou curar talvez por meio do amor e a determinação que dedicou às projeções pelas bibocas do nosso interior. Não teve jeito. Seu pobre coração de homem bom resolveu parar nesta segunda-feira.Zé Sozinho não curou o diabetes, mas deu um grande exemplo de cidadania e solidariedade cultural para o Ceará e o Brasil: fez a sua parte da melhor forma possível como protagonista e ‘diretor do filme maior que foi a sua vida’. O cinema para ele, era uma arma para a feitura do bem. Um instrumento pelo qual se poderia mudar a face do país, assim como a cabeça e o coração dos homens. Considerava-se filho do Caririaçu-CE; onde chegou ainda em tenra idade como retirante pernambucano de Pajeú das Flores. Mas Caririaçu era o rincão que ele carregava de bicicleta junto com o seu projetor de 16 mm e latas de películas para onde quer que fosse. Seu apelido se deu em função desse seu ofício. Porém há quem diga que foi por conta da sua mãe que sozinha conseguira criar seus cinco filhos.Sozinho, no decurso de 36 anos viveu da sua paixão pelo cinema. Qualquer lugar para ele, era ideal para uma projeção cinemática. No meio da praça, debaixo da ponte, na rua deserta, no tabuleiro da caatinga, no galpão abandonado, no adro da igreja, tudo era possível... Podia até ser sozinho, mas não era um homem solitário nem triste, posto que seus filmes constituíram um mundo à parte com o qual ele dialogava era feliz por isso.Ágil, disposto e inteligente subia ele mesmo na árvore, montava o alto-falante. Debaixo dela instalava o seu velho projetor e logo, a alegria estava construída. Seus filmes eram a um só tempo: entretenimento e lenitivo para quase todas as agruras e as dores daquele mundão esquecido de meu Deus. Filmes antigos, às vezes emendados, mas bons, consagrados e fascinantes para uma gente que nunca na vida conhecera um cinema de verdade. Tudo ali era novo. Até Coração de Luto, O ébrio, imagens esportivas de Pelé, Garrinha do Flamengo antigo no canal 100, O dólar furado, Paixão de Cristo, Django, Zé do Caixão, Zorro, Casa Blanca, Romeu e Julieta, Mazzaropi, Chaplin, Oscarito e outras pérolas raras da Vera Cruz, Atlântida e Cinédia que a partir de Zé Sozinho pareciam novinhas em folha... Não fossem o riscado da fita e o preto e branco das cores. Muitos até choravam durante suas projeções romanescas como nos velhos tempos. Seu enterro aconteceu terça-feira, 27 na sua Caririaçu, na serra de São Pedro. Onde certamente ficará mais perto de Deus, eternamente, assim como os filmes que apresentava pelos grotões adentro. Hollyood não sabe, mesmo assim me arisco a dizer que o cinema verdadeiro perdeu muito. Está de luto com o desencarne de Zé Sozinho. Mesmo aqui, neste canto escondido do Brasil onde quem sabe, por Zé Sozinho, todos haveremos de viver e levar a utopia da vida até as suas últimas conseqüências... Outro dia, por absoluta força do acaso, tive o prazer de conhecê-lo, não de carne e osso(como deveria), mas pela telinha mesmo estando tão próximos. Foi numa noite por meio do programa do Jô Soares da TV Globo, quando Zé Sozinho foi entrevistado. Estava radiante de felicidade. Falava da sua história e dos filmes como se estivesse no estrelado, dentro deles. Achei bárbaro aquele homem simples, diferente e determinado. Depois do programa fiquei matutando: como eu um pesquisador sempre atento às coisas do mundo nunca tinha ouvido falar daquela figura da cidadezinha vizinha de nós?! E disse para mim mesmo. - Algo está errado. Nossos talentos não merecem tanto desprezo. A quem podia interessar tanto ostracismo?! No fundo todos nós sabemos a resposta... Zé Sozinho falava do Cariri e do seu Caririaçu com doçura. Era um abnegado, incompreendido pelos que se acham iluminados, mas que só enxergam os caminhos do poder. Os verdadeiros coitados e ignorantes. Porque a arte e a cultura não dependem e nem precisam tanto deles.Zé Sozinho foi um “inteirado” fazedor de sonhos, justamente para tantos que perderam a capacidade de sonhar. Por isso agora Deus haverá de vê-lo lá em cima com bons olhos. Fellini, Mazzaropi e tantos outros amantes inveterados da sétima arte não o permitirão sequer que continue sendo chamado como entre nós. Porque no céu nosso Zé, nunca mais estará sozinho. Quem sabe os imortais passem a chamá-lo simplesmente de Zé do Povo.Adeus grande Zé! Agora você nunca mais ficará Sozinho. A solidão, ao contrário do que pensamos é coisa da vida. Porque sozinhos ficamos nós, os sertanejos do Cariri e do Nordeste inteiro, sem as suas mirabolantes e sensacionais projeções de bondade, educação, saudade, cultura e alegria. Zé Sozinho deve está agora se divertindo pra valer ao lado do mestre com as suas sempre novas projeções cinematográficas.
Por José Cícero
In Overmundo
Foto: News-cariri

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Saudade sobre Quatro Rodas: Perto de completar 60 anos o Fusquinha ainda mexe com muita gente



A invenção da roda fez do homem um animal muito mais ágil e funcional. E desde então, a vida nunca mais foi a mesma. Tanto que, de lá para cá é possível se afirmar que, literalmente, o mundo tem sempre andado sobre rodas.
Foi a partir deste ponto zero, que muita coisa aconteceu e se aprimorou pela história a fora. Desde a ‘pedra rolante’, o carro-de-boi, até os automóveis cibernéticos dos nossos tempos hodiernos. Não é de agora que o veículo locomotor tem-se transformado numa verdadeira febre ao redor do mundo.
Hoje, no entanto, nem se fala... O automóvel vem se constituindo num autêntico estado de auto-afirmação social. Há quem prefira a posse de um automóvel a qualquer outro bem de família e, pasmem, até a saúde e o bem-estar da sua própria prole. No Brasil, por exemplo, onde o modismo tem sido sempre uma coqueluche sem igual, a compra do automóvel é disparada, o sonho de consumo da maioria esmagadora da população. E, quanto mais desinformada, mais este sonho é acirrado no quesito pessoal. Como tantas outras coisas, digamos supérfluas, muitos as vêem como uma forma de se destacar perante todo o resto da fauna humana. Apenas o Fusca fez jus a esta moda, posto que continua até hoje sendo nossa mais clássica unanimidade nacional
Por conta dele, a história do automóvel, às vezes se confunde com a própria história de cada brasileiro. Senão, quem haveria de esquecer do Ford Bigode, do antigo caminhão-Misto das feiras interioranas, do Gordini, da velha Jardineira, do Dkv, do aerowillis, do Jeep, do Marverick, da Ford Rural, da Variant, da Brasília, do Chevett, do Opala Comodoro, do velho corcel, do Fiat 147 e tantos outros, que marcaram profundamente a memória visual de um passado recente.
Faço esse comentário(à guisa de artigo) para colocar todo o grau de importância com que os automóveis(e em especial o fusquinha) ocuparam na história recente, em especial das gentes brasileiras.
A facilidade que se tem hoje para adquirir o carro, acabou tirando o antigo charme que era, vê-lo e senti-lo de uma certa distância. Digamos, das fímbrias do inalcançável, enquanto utopia...
O desejo era outro. Diferente, gostoso, sadio, muito mais conciliado com a condição humana e sociofinanceira de cada indivíduo. Um sonho que hoje, por mais que tentamos, não será o mesmo. Porque falta substância: o ingrediente da simplicidade com que se vivia e encaravarmos a vida de uma perspectiva possível porém dentro do seu limite. Quando a exacerbação dos desejos de consumo não ia além das nossas reais possibilidades. Não se desejava tanto o que não fosse absolutamente nosso. Roubo de carro? Que nada... isso era quase um sacrilégio. Atualmente o carro ou é uma extensão dos nossos membros superiores ou virou de vez um ente familiar. Nossas casas agora são construídas, projetadas com mais um quarto - a garagem, como que estivéssemos a esperar um novo filho.... Crescei e multiplicai!!..
Destarte, de todas as invenções automobilísticas, poucos modelos tal qual o Fusca conseguiram atravessar a história e permanecer para sempre na memória afetiva das pessoas. O "Volkis", o popular “fusquinha,” nome carinhoso com que os brasileiros apelidaram, este que foi, sem sombra de dúvidas, o carro mais apaixonante e querido do Brasil e, decerto, o mais vendido em todo o mundo. Chegando, inclusive, a protagonizar até filme de sucesso em hollywood - "Se meu fusquinha falasse".
Talvez o único presente 'do bem', que o insensato Adolf Hitler conseguiu deixar para a história humana, além da sua sanha de maldade e crimes. Ao solicitar ao engenheiro Ferdinad Porche um carro adaptado para guerra(que dentre outras coisas dispensaria o uso de água e fosse econômico) nascia ali o Volkswagen que em alemão significava: “carro do povo”. O curioso é que esta invenção virou de vez um carro popular, ganhou o mundo e, logo no pós-guerra recebera no Brasil o sugestivo epíteto de Fusca ou Volkis.
O fusquinha de fato mudou de vez os rumos da indústria automobilística mundial; com mais de 21 milhões de unidades produzidas, sem contar o que ainda hoje é 'fabricado' em diversas partes do mundo nos nossos quintais, fundo de garagens e oficinas. Um número ainda agora, bem razoável de fusquinhas continua trafegando tranquilamente por nossas estradas, sobretudo no interior do país. Como se o tempo não existisse. Como se os anos sempre lhes fossem favoráveis... O Fusca é como um indivíduo charmoso e arrogante que se prendeu tanto a sua juventude, ao ponto de não mais enxergar o óbvio, isto é, a inexorabilidade do tempo, agindo sobre sua mecânica-física. Um velho senhor de espírito jovem eternizado no imaginário coletivo de toda uma geração do passado. Alguns é bem verdade, em condições sofríveis, outros felizmente, ainda pousam e passeiam numa posição invejável de conservação e brio.
O fusca contribuiu certamente, para a construção da sonhada modernidade brasileira. De forma que, muito da nossa história nacional e pessoal(até) passara de algum modo no pequeno espaço interno de um fusca. Amores inesquecíveis, tragédias incuráveis, momentos eternos de felicidades e alegrias, como de resto, muito do nosso cotidiano de uma vida longa, duradoura. Como duradoura é a própria existência do fusquinha para todos nós os brasileiros. Muito mais ainda para os saudosistas sempre de plantão diante de uma recordação que os eleva e embala... Todos aqueles que souberam aproveitar os longos momentos de alegria e contentamento juvenil ao lado da pessoa amada e do fusquinha.
Oh, se todos os fusquinhas do Brasil e do planeta falassem?!
Estatísticas acerca do Fusquinha
Levantamentos dão conta que no Brasil em 36 anos de existência foram vendidos nada menos que 3 milhões de Fuscas. O apego do brasileiro é tanto a este carro, que até o ex-presidente Itamar Franco querendo fazer média com o eleitorado decidiu durante o seu governo ressuscitar a fabricação do Fusca com a qualidade: made in Brasil.
Hoje, muitos são os colecionadores de Fusquinhas espalhados pelo globo. Poucos são os que não têm saudade daqueles bons tempos em que enamorando o fusquinha, imaginavamos mudar o mundo. No entanto, rodando ou não ‘o carro do povo’ permanecerá imortal na cabeça tanto quanto na memória de toda uma geração de adoradores.
O Fusca continua sendo uma paixão nacional. Um caso de amor... Um passado que como dizem, nunca passa...
Por: José Cícero
Aurora-CE.
Fotos: http://fotos.terra.com.br/ e DN.

domingo, 25 de janeiro de 2009

OPINIÃO: Professor Luiz Domingos de Luna

Gostaria de parabenizar a atitude do intelectual, escritor e agora, para graças de todos nós aurorenses é secretário de cultura do municipio, o grande amigo José Cicero que tem uma dedicação plena ao que faz priorizando sempre pela qualidade, pela beleza do evento e principalmente para o desabrocahar do carnaval aurorense na agenda de um dos melhores na região do cariri. Não tenho dúvidas, pois o José Cícero é isto, seriedade, compromisso e luta; luta constante para que Aurora não seja apenas o portal do Cariri, pois ele quer mais e com certeza vai conseguir - Aurora, coração do Cariri - Pode apostar! Uma festa popular que marcará a história de Aurora em dois pontos: antes e depois do José Cícero. Valeu!!!
(*) Luiz Domingos - Prof. Poeta, Escritor
Articulador, consultor e colaborador da Revista Aurora,
Mestre da Ordem Santa Cruz, forania de Aurora-CE.
Visite seus trabalhos literários na internet em:

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sai a programação das atrações do AuroraFolia 2009

Leve sua alegria, participe do AURORAFOLIA edição 2009 - Carnaval popular de Aurora. De 20 a 24 de fevereiro no largo da avenida iluminada no coração da cidade. Mais de 12 atrações artísticas farão parte da festa este ano. Além do tradicional desfile e concurso de blocos, escolha da rainha e do rei momo de 2009 e Vesperal da Folia com mais quatro bandas todas as tarde, durante cinco dias animando o carnal de clube para as crianças aurorenses. Serão mais de 8 mil reais só em prêmios para os blocos classificados nos três primeiros lugares, bem como para a rainha e o rei momo mirim e outros que se destacarem, tanto na avenida quanto na folia de clube.Além de toda uma estrutura de palco, luz e som, a Prefeitura disponibilizará ainda, banheiros químicos, trio elétrico para o desfile dos blocos que passaram pelas principais ruas da cidade e total segurança e comodidade aos foliões. Diversos blocos já estão com suas presenças confirmadas no evento ultimando os trabalhos de confecção dos seus abadás, bandeiras e fantasias.O AuroraFolia que este ano está repleto de novidades é uma promoção da Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto do Município, por intermédio da administração “O povo construindo o novo” a frente o prefeito Adailton Macedo. “Entendemos ser o carnaval uma das mais consagradas festas populares do povo brasileiro e em Aurora não pode ser diferente. Portanto, além de proporcionar entretenimento saudável aos nossos munícipes, também gera divisas uma vez que movimentas diversos setores da nossa economia, em especial o comércio”, explica o secretário de Cultura de Aurora José Cícero. "Temos tudo para colocarmos de vez a nossa Aurora no circuito festivo do Cariri", conclui.
PROGRAMAÇÃO:
De 20 a 24 de fevereiro
Atrações Musicais -
Abertura:
*Sexta-feira, dia 20 –
21:00h - Banda Cariri Brasil (CE)
23: 30 h - Xexéu e Banda (BA)
*Sábado, dia 21 –
21:00 h - Sacanear (SP)
23:00 h - Namoro Novo(CE)
*Domingo, dia 22 -
21:00 h - Banda Skema (CE)
23:00 h - Campeões do Forró elétrico (CE)
*Segunda-feira, dia 23 -
21:00 h - Cara de Pau (CE)
23:00 h - Rabo de Sereia(CE)
*Terça-feira, dia 24 -
21:00h - Banda Pinel (BA)
23:00 h - Cariri Brasil (CE)
*Emendando na manhã da Quarta-feira de cinza:
01:00h - Super Orquestra Canaã (PB)
Das 03:00h às 08:00 h - Karetões elétricos (PB)
14:00h Apuração, Resultado e Premiação dos blocos vencedores do AuroraFolia-2009.
Vesperal da Folia
Carnaval das Crianças
Clube local: (das 14 às 17 h)
14:00 h - Sexta-feira, dia 20 - Super-orquestra Canaã(PB)
14:00 h - Sábado, dia 21 – Moral do Samba(CE)
14:00 h - Domingo, dia 22 - Cariri Brasil ( CE)
14:00 h - Segunda-feira, dia 23 – Índio dos teclados elétrico( CE)
14:00 h – terça-feira, dia 24 - Banda Zuzueira (CE)
Concurso de Blocos:
Premiação:
1º lugar – 3.000,00
2º lugar - 2.000,00
3º lugar - 1.000,00
Escolha da Rainha e do Rei Momo do AuroraFolia 2009:
Rei Momo eleito – 500,00
Rainha eleita - 500,00
Bônus de ajuda aos Blocos - 1.000,00
Escolha da Rainha e do Rei mominho do AuroraFolia infantil.
Rei mominho – 200,00
Rainha - 200,00
Melhor Fantasia – 100,00
Alegria - 100,00
Revelação - 100,00
Criatividade - 100,00
Simpatia - 100,00
Melhor folião/foliona infantil – 100,00
_________
Promoção: Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto - SECULTE-AURORA.
Realização: Prefeitura Municipal de Aurora-CE
Adm: "O povo construindo o novo"
(*)Informações pelo telefone: (88) 3543-1022
e-mail:
jccariry@gmail.com

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Cidade já se prepara para o AURORAFOLIA 2009

AURORAFOLIA - "O Povo no Carnaval da Alegria"

Trata-se da 1ª edição do AURORAFOLIA 2009 que este ano acontece durante cinco dias e contará com a participação de mais de 10 atrações musicais de estados como Bahia, Paraíba e Ceará, trio elétrico e desfile blocos pelas principais ruas da cidade de Aurora. Além da presença de várias outras bandas de renome regional. Vários Blocos já confirmaram presença no evento que este ano contará, inclusive com escolherá a rainha e o rei momo do carnaval 2009. participação de trio elétrico e mais de 10 atrações musicais com bandas e artísticas da Bahia, Paraíba e Ceará.Novidade é que não vai faltar este ano no carnaval aurorense. Segundo explica o secretário de Cultura, Turismo e Esporte, professor José Cícero. Vez que o ‘AuroraFolia’ também contará com o ‘Vesperal da Folia’ - carnaval de clube destinado ao público infantil no decorrer dos cinco dias de animação com várias bandas e orquestras de frevo. A premiação também constituirá uma novidade à aparte, diz o secretário. Nos próximos dias, assim que fechar a programação artística e os requisitos para o desfile de blocos, o chefe da pasta juntamente com o prefeito Adailton Macedo tornará público o que está sendo planejado para o AuroraFolia. “Muitas surpresas estão vindo por aí” assegura o secretário. Na próxima semana, o pessoal da SECULTE-Aurora fará novos encontros com os representantes de blocos locais para discutir a programação.Para tanto, a Prefeitura Municipal por intermédio da administração “O povo construindo o novo” proporcionará além de uma das festas mais animadas da região, bem-estar, comodidade e segurança para os foliões de Aurora e cidades circunvizinhas. Toda uma infra-estrutura está sendo preparada pela equipe de organização do evento.
Serviços:
Interessados em inscrever seus blocos devem procurar os representantesda Secretaria de Cultura na Prefeitura Municipal.
Informações pelo telefone:
(88) 3543-1385
Ou pelo e-mail: jccariry@gmail.com

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

MEMÓRIA: Não tem mais AURORA o café de Miriam


Um breve resgate sobre a memória afetiva e histórica dos Cafés e casarios antigos da cidade de Aurora no Cariri cearense.

Nos últimos anos constatamos com um misto de tristeza e revolta a maneira avassaladora com que a cidade de Aurora vem perdendo gradativamente parte importante do seu visual antigo. São prédios comerciais e residências que mesmo construídos de maneira simples, conservavam nos seus frontispícios as marcas e os padrões quase indeléveis de uma época distante ressabiada, dispersa nas brumas de uma lembrança quase sem idade.
Rapidamente, o passado arquitetônico da cidade está desaparecendo sem deixar vestígio. Substituído por modernas construções sob os impulsos de uma especulação imobiliária, cuja razão de ser está no lucro e não na preservação de qualquer memória. A cidade desse modo, vai se desfazendo daquilo que poderíamos denominar de patrimônio histórico material e até imaterial, posto que muitos destes espaços foram cenários para boa parte do cotidiano social e político deste torrão. Cafés, bodegas, o velho mercado das bugigangas (feira-livre), bancas de açougues, barbearias, casas de tecido, farmácias, garapeiras entre outros estabelecimentos que marcaram profundamente a vida sócio-mercantil não somente de Aurora como também de todo o interior caririense.
Há quem afirme, aliás, que este é um caminho sem volta, pelo qual nenhum município poderá dá-se ao luxo de abdicar deste processo inexorável de transformação urbanística, cultural, social e econômico, sob pena de parar no tempo e no espaço. Ou quem sabe, de perder o próprio bonde da história. Como certeza, Aurora há muito já se desfez daquilo que constituiu durante muito tempo o seu invólucro essencial que a diferenciava perante as demais da ribeira salgadiana: a sua identidade. A desfiguração da velha urbe é um fato que nos salta os olhos. E para os que estão distantes muito mais que isso... O que estão fazendo é uma crueldade! Um atentado dos mais aviltantes contra as nossas mais agradáveis reminiscências dos tempos idos. O processo por isso mesmo, além de célere é deveras exponencial. Mas como dizem, o progresso não pode esperar. O centro comercial de Aurora agora mais parece uma escada, literalmente edificada na direção do sol como uma tentativa desesperada de se alcançar os céus. Ao ponto de nos remeter as narrativas da própria Babel dos tempos bíblicos. Pouca coisa do passado comercial de Aurora ainda permanece de pé. E esta substituição desenfreada não se restringe apenas ao centro, ela também se estende a outros logradouros como o quadro da matriz, ruas, becos e avenidas. A 'força da grana que destrói e constrói coisas belas' declarou guerra a qualquer resquício do nosso passado. Eis aí o que poderíamos muito bem classificar como o fantasma devorador daquilo que os homens têm de mais sagrado: a sua história.
A situação é preocupante, uma vez que rumores dão conta de que o antigo casarão do Cel. Xavier; a mais remota construção da região de 1831 está prestes a ser negociado. Cumpre destacar ainda que, a duras penas, malgrado o abandono, patrimônios como o da Estação Ferroviária e a Casa do Agente (1920) também se encontram em situação deplorável de conservação. A Revista Aurora na sua 2ª edição/08 denunciou em reportagem especial de capa todo o estado de abandono em que estas construções antigas estão submetidas... É lamentável, o tratamento que se tem dado a preservação da nossa memória. Noutro viés, há alguns dias atrás, tivemos o fechamento do conhecido 'Café de Miriam', remanescente de uma época romântica em que os cafés ocupavam uma posição de destaque na vida social e política de todas as cidadelas do nosso interior. E em Aurora não foi diferente. Era por assim dizer, a caixa de ressonância de quase toda a efervescência de uma sociedade provinciana. Tudo o que ocorria na capital e até na região, chegava primeiro nas disputadas mesas dos cafés interioranos; verdadeiras agências de notícias do nosso passado. Era o centro gravitacional da cidade. Lugar obrigatório para políticos, apaniguados, bajuladores, potentados e até mesmo figuras populares de uma época que não volta mais. Coisas que as gerações do presente nunca haverão de conhecer e a posteridade, muito menos ainda.
Portanto, mesmo sem o glamour de outrora, diríamos, que o café de dona Miriam, localizado estrategicamente no coração da cidade, era um símbolo deste passado que por anos a fio resistiu bravamente o quanto pôde, as invenções de uma modernidade traiçoeira, sedutora e ilusória. Tudo lá tinha cheiro de história. Desde o cardápio, ao café no bule. Da própria estética do ambiente aos móveis, bem como o atendimento digno da melhor hospitalidade sertaneja. O fechamento das suas portas é também uma página que se vira para sempre na história recente de Aurora. Tudo passa, porém os cafés aurorenses, assim como o de dona Miriam não passam jamais, postos que permanecem edificados na memória coletiva e afetivo do povo. Porque a física nunca sobrepõe a força que tem, as recordações verdadeiras de um tempo belo e agradável. Ao passo que estas, têm o poder e a faculdade de viverem para sempre, naquilo que o poeta uma vez chamou de instante eterno.
Agora onde um dia existiu o Café de Miriam, há dois cubículos comerciais: um frigorífico e uma loja de variedades. Para os saudosistas, a sensação que se tem ao contemplar o lugar é como se o antigo prédio tivesse evaporado do dia para a noite. Resta-nos apenas, uma saudade tocando fundo a alma daqueles que viveram e, principalmente, fizeram parte desta histórica; guardada para sempre a partir de então, nas incontáveis reminiscência da belle époque de Aurora.

(*)À memória de D. Terezinha de Américo.

Prof. José Cícero
Aurora-CE.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Palestina: um genocídio que envengonha o mundo*

O mundo não pode continuar assistindo com a indiferença dos covardes o massacre que ora vem sendo imposto de modo desumano ao povo Palestino. O que está ocorrendo na faixa de Gaza não tem outro nome, senão o de genocídio; tão abominável quanto o praticado por Adolf Hitler na segunda grande guerra. O mais triste é constatar que as agressões de Israel mesmo violando todos os direitos e os tratados internacionais vêm recebendo os beneplácitos logísticos e financeiros dos Estados Unidos e da União Européia. Porém, apenas parte desta verdade inconveniente tem chegado até nós e ao resto do mundo em função do comprometimento da mídia marrom mundial ante o discurso mentiroso e estratégico do Pentágono e do governo bélico de Israel. Além de todo o aparato de controle das informações que saem para a opinião pública internacional(leia-se agências de notícias).
Nada nos faz desacreditar que o pretenso estado israelense é uma usurpação daquilo que um dia foi o chão do povo Árabe. Os palestinos, desde a forçada divisão do seu espaço geográfico em 1947 vêm tendo sistematicamente suas terras invadidas por Israel. De modo que desde então, apenas se defendem lutando como pode, contra todo o poderio belicoso daqueles que os tornaram prisioneiros e escravos dentro do seu próprio território. Sob a desculpa de que precisam destruir o Ramas os israelenses praticam toda sorte de crime e atentados contra a dignidade humana. Executam, inclusive, o pior dos terrorismos assim como os Estado Unidos, que é o terrorismo de estado. Desrespeitando toda e qualquer forma do direito internacional... Cometem crimes de guerra dos mais horripilantes e pusilânimes de onde não estão livres sequer as crianças, mulheres e idosos. O que acontece hoje nos chamados territórios ocupados é um massacre sem tamanho. Um genocídio injustificável, praticado por um pseudogoverno que se diz legítimo e merecedor do crédito dos países árabes da região. Por isso todo o ódio que desperta na maioria dos seus vizinhos do Oriente Médio. Sua sede expansionista os condena aos mesmos crimes praticados pelos nazistas e ditadores do mundo. Hoje a luta dos palestinos na faixa de Gaza e nos território ocupados mais que por soberania e terra para se viver, também é por água para sobreviver a uma disputa que equivocadamente está sendo chamado de guerra, posto que não pode haver guerra de um exército só.
Não somente por meio de mísseis, bombas, tanques, aviões e armas químicas, Israel também castiga os palestinos controlando as escassas fontes de água potável. Suprimem a entrada de medicamentos, socorro e alimentos para os que estão cercados, refugiados, exilados na sua própria pátria-mãe. Afinal de contas, meias-verdades, mentiras e equívocos é o que não falta neste conflito de Davi contra Golias. Não é possível conceber o argumento dos que defendem o exército de Israel, visto que eles é que são os agressores e, por isso mesmo não podem continuar se passando por vítimas. Por se tratar de uma operação bélica claramente desigual, de cerco e extermínio de um povo que lhe é retirado até mesmo o sagrado direito de possuir seu próprio chão.
A ONU que por diversas vezes já demonstrou ser o braço direito dos EUA e à serviço dos governos imperialistas no mundo, até o momento faz vista grossa e ouvido de mercador diante das enormes barbaridades cometidas contra o povo palestino. Nenhuma condenação pública foi votada contra Israel. Tudo o que a ONU conseguiu realizar foi uma resolução apática expressa num pedido de cessar-fogo; algo simplório e previsível demais, para um episódio de proporções fratricidas com que vem se transformando a questão na faixa de gaza e nos território ocupados da Palestina.È certo que a solução para o conflito é difícil devido as razões históricas que envolvem Árabes e Judeus. No entanto, o mundo precisa se posicionar em favor da paz, da vida, da lei e da verdade, queiram os EUA ou não. Mas, é preciso entender a forma de luta e resistência de um povo oprimido, humilhado e encarcerado na sua própria terra(ou o que restou dela) não cabendo a mera criminalização do Hamas sem um aprofundamento de mérito na crise. A razão de ser da resistência é a ocupação dos territórios.
Um conflito que do jeito que vai envergonhará o mundo e cobrirá de sangue o mapa do Oriente Médio. Em nome da paz, da soberania e da solidariedade internacional entre os povos o Brasil, por exemplo, como estado democrático e de direito, signatário dos tratados e organismos internacionais precisa condenar o genocídio engendrado contra o povo palestino. E quem sabe, até romper relações diplomáticas com Israel, assim como corajosamente o fez o presidente Hugo Chavéz da Venezuela.
O governo de Israel deve ser condenado e os EUA juntamente com a UE responsabilizados pelo Conselho de Segurança da ONU, mesmo sabendo que isso não trará efeito algum do ponto de vista concreto, basta recordar a questão do Iraque. No entanto, a comunidade internacional precisa saber das verdadeiras razões que movem os agressores da nação palestina, bem como aqueles que os apóiam.
Os palestinos têm pelos menos o direito de resistir contra às forças de ocupação do seu território e aos que almejam o extermínio dos seus compatriotas.
(*) Por: José Cícero
Professor, escritor e poeta.
Presidente Municipal do PC do B.
Secretário de Cultura, Turismo e Esporte
de Aurora – CE.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Por E-mail o nosso professor

Prezado professor José Cícero,
Meus sinceros parabéns pela sua ascensão ao cargo de Secretário de Turismo, Cultura e Desporto de Aurora. Estou convicto que o cargo foi bem entregue e isto engrandece seu nome e o do nosso atual Prefeito de Aurora.
Este municpípio na sua simplicidade e com o baixo poder aquisitivo, mas com audácia de seus dirigentes, Prefeito e Secretários muito poderá se desenvovler-se.
Venha a fortaleza. 'Vasculhe' as sectarias símiles à sua e, veja no Governo Federal o que poderá fazer para arrancar recursos e realizar obras nesta área em Aurora. Lembre-se que Aurora precisa de um Parque de Eventos e quem sabe ter um Centro Administratrivo digno da cidade com todas as Secretarias juntas com o Gabinete do Prefeito, etc.. .(um cambebinha), Chegou a época de esquecer de melindres partidários e divisões políticas e trabalhar todos pelo engrandecimento e, maior conceito do Município.
Parabéns e Avante!
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Prof. Tarciso Leite
Fortaleza - CE.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Por um Cariri globalizado

No sul do Estado do Ceará pontua uma região que desde os mais remotos tempos carrega em seus ombros todo um conjunto de “habitat humano” característico desde a consolidação da diocese do Crato, ao unificador Padre Cícero Romão Batista, a todo um manancial histórico, artístico, cultural, literário centrado numa verdadeira fonte de talentos que pulverizam o Brasil nas mais diversos estados. Sempre esta região foi contemplada por pontos de unificação de sua história que é um modelo de vida para qualquer agrupamento humano. A chama de integração social deve ser uma constante para a preservação da identidade e da cultura peculiar ao povo careirense. O Ponto de coesão da estrutura social do cariri é um legado que deve ser renovado e repassado para as futuras gerações, para a continuidade do corpo vivo na história sul cearense, creio que com o advento da internet. a capilarização da unificação desta região é um imperativo para o momento, assim compreendo, que o fluxo normativo do pulsar existencial de todas as cidades que integram este eixo geográfico, poderia ter uma concentração mais uniforme e coesa, do contrário, poderemos dissipar pontos etnográficos que foram tão bem betumados, untados e unificados pela liga da religião, da cultura, da literatura, da história e finalmente pela própria arte do existir. A Unificação da Mídia Caririense desde o seu eixo central ao pontos tracejados do espaço/tempo na região é uma necessidade para dar continuidade a este corpo vivo, integrado, inteiro a bailar na pisada do poder do estrago temporal da existência do agora para o feixe de luz que haveremos de deixar para as futuras gerações, pois, o alimento intelectual do fazer no momento com certeza será o fabrico do tipo do mel que será consumido na história futura.É dentro deste foco que entendo a necessidade de uma mídia, coesa, forte e integrada nas entranhas da própria história que levou dezenas de anos para a construção deste quadro epistemológico regional.
Por: Luiz Domingos de Luna(foto)
Prof. Mestre da Ordem Santa Cruz d'Aurora-CE.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

AURORA: Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto promove primeira reunião do ano



Na noite da última quarta-feira, 7 aconteceu no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aurora, no centro da cidade, a 1ª reunião da Secretaria da Cultura, Turismo e Desporto tendo a frente o secretário professor José Cícero. Estiveram presentes todos os futuros integrantes dos três departamentos que compõem a pasta, bem como os diretores de cada área: Erivan Lavor pelo Núcleo de Ação Cultural, Maria de Lurdes pelo Núcleo de Turismo e Raimundo Borges(Tabosa) pelo Núcleo de Esporte.
Artistas, Desportistas, agentes cultuais, artesãos e outros convidados também participaram do encontro.
Ao abrir a reunião o secretário da pastaJosé Cícero fez uma explanação geral acerca dos principais objetivos e metas da sua secretaria, além da apresentação relativa as principais propostas estabelecidas para a construção de uma política sociocultural, esportiva e turística para Aurora. Na mesma oportunidade foi também apresentado um breve resumo sobre o imenso potencial que o município dispõe nas três áreas de atuação elegidas pela secretaria, com destaque para o rio Salgado, os artistas da terra, a figura da mártir Francisca - a santa popular de Aurora, além da rica e expressiva historiografia do lugar.
A formulação de um calendário festivo e permanente também foi debatido na reunião, com ênfase para o carnaval(AuroraFolia-2009), Festival de quadrilhas juninas e de poesia popular, os primeiros Jogos abertos de Aurora, Semana de arte e cultura, Festival Gastronômico(sabores da terra), Feira Municipal do Artesanato, festas religiosas, prédios históricos, dentre outros itens e eventos a serem explorados pelo setor.
“Temos a convicção de que estamos no caminho certo e que com a disposição do novo prefeito Adailton Macedo e o total empenho dos que fazem a nossa secretaria estaremos colocando Aurora na berlinda dos grandes acontecimentos culturais, turísticos, esportivos e gastronômicos do Cariri” enfatizou o secretário. “Precisamos resgatar, desenvolver, preservar, difundir, prestigiar e incentivar todo o rico manancial cultural que dispomos, posto que uma cultura não se criar : vive-se”, finalizou.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O Novo e o Velho do Ano que Existe em nós

Diante de tantas interrogações acerca da perspectiva de um ano vindouro diferente repleto de realizações. Uma pergunta ainda continua a povoar pela história a fora a mente da humanidade inteira. Afinal de contas passamos em brancas nuvens por 2008 ou simplesmente deixamos, com nossa passividade, que o ano não fosse além de ato contínuo disperso por entre as nossas mesmices cotidianas?
Admitamos, nossa passagem por 2008 não foi das mais agradáveis, mas, absolutamente suportável. Como dizem “pior seria, se pior fosse”. Pelo sim ou pelo não, diríamos ao menos que à duras penas, tentamos ser felizes no limite extremo daquilo que realmente pode ser possível. Até porque a felicidade não existe no absolutismo das nossas pretensões insofismáveis... Ela é tão somente fragmentos de uma vida inteira preenchida quando muito, por momentos felizes: O combustível absolutamente necessário para que possamos continuar alimentando nossas crenças no novo, na possibilidade de um amanhã repleto de realizações como almejamos às vezes por uma pura tradição natalina.
Mas cremos. Acreditamos quase à exaustão de tudo aquilo que supomos ser possível. Neste subjetivismo quase ingênuo é que reside toda a magia do ano-novo. O verdadeiro raio de esperança pelo qual o gênero humano aprendeu ano após ano, a superar suas decepções sempre com o olhar e o pensamento afirmativo focado na esperança de dias melhores como um presente divino encravado na utopia do ano vindouro.
Mas não podemos esquecer que cada ser humano tem a sua história. Este estado de felicidade não costuma ocorrer de modo linear. Há anos, contudo, que preferimos esquecer para sempre, como outros que se impregnaram de tantas memórias, que às vezes até desconfiamos que eles de fatos nunca existiram. Tudo com o mesmo ímpeto daqueles inesquecíveis que cravaram no nosso íntimo a marca indelével dos momentos eternos. Por fim, são estes sentimentos estranhos carregados de abstrações que sempre se renovam para amainar nossas angústias e decepções de uma existência inteira sem maiores novidades.
Em 2008, tudo que vivenciamos de bom ou de ruim serviu-nos pelo menos como aprendizado. Um acúmulo de experiência dos mais importantes ao fortalecimento da nossa resistência e das nossas crenças mesmo em meio aos maremotos e os tsunamis de uma sobrevivência longa e enfadonha para muitos, curta e agradável para poucos.
Vivemos. Superando obstáculos... Lutamos talvez apenas o necessário para que não sucumbíssemos às sanhas do trágico e da catástrofe. Um leão precisa ser sacrificado a cada dia, como se em cada manhã um juízo final para cada ser humano estivesse sempre começando. Viver é mesmo um sacrifício digno de heróis. Uma ponte para algo que não conhecemos de modo antecipado – o mistério.
Deste modo, conseguimos provar para nós e para os outros que podemos sim, superar o impossível que reside intimamente em nosso imaginário. Que podemos alcançar os píncaros da felicidade que sonhamos construir, a partir do instante em que nos libertamos do nosso medo, há muito guardado hermeticamente no âmbar das nossas angústias mais interiores.
E assim, como através da superação do nosso velho e crônico egocentrismo bizantino tentamos sobreviver ao triturador de sentimentos com que se transformaram quase todas as formas de relacionamento que procuramos estabelecer com a fauna humana que nos rodeia. Acrescente-se a isso, que (sobre)viver nunca será o bastante para quem aprendeu a pensar e ver as coisas sob o viés holístico, panteísticamente. Ser feliz é o que importa. Resistir é, e sempre continuará sendo, a nossa marca. Qual uma incisão profunda feita pelo tempo na nossa carne. Assim como na nossa própria alma. Uma cicatriz, uma insígnia granítica adornando o nosso peito, produzida a ferro e fogo pelos deuses do Olimpo no seu mais claro instante de embriagues total.
Através das nossas sinergias é que enxergamos todo o vazio existencial da nossa procura eterna. A tal ponto, de podermos encarar o sol nascente, tanto quanto o poente, como um sinal de bonança e de felicidade a desafiar a ousadia da humanidade inteira. Talvez, como velhas dádivas postas sempre ao desejo inalcançável das nossas mãos. Mas, convenhamos, a felicidade é algo inventado justamente para não ser palpável. Não ser sentida pelo tato das mãos, mas sim pelos sonhos e nossas utopias mais extravagantes. Lunetas atemporais a nos remeter para outras dimensões do espaço-tempo. Quem sabe como um apelo para que nos desprendamos tanto do ‘agora’. Assim foi 2008. Um ano indefinível até para os sonhadores. Uma esperança elástica que nos remeteu ao futuro do presente. Uma promessa.... Um adiamento de horas mortas sempre protelado devidos às várias formas apresentadas pelo não ser. E tudo o mais que de resto escolhemos para viver o presente do ano que se finda na (des)esperança quase absurda de que tudo o mais que existem em nós renasça e se renove tantas vezes se faça necessário numa cronologia de um novo tempo que não foi nem nunca será posto que ainda está sendo e o seu nome é quando.. E dessa maneira é que vivemos, nos suportamos... Morremos tantas vezes abraçados aos desejos atlanticamente desvairados, episódicos, imediatistas sufocados pelo desejo espúrios, obscenos, maquiavélicos de vivermos tudo a um só tempo. Como um ser ensandecido a contemplar nas fímbrias do abismo seu próprio egoísmo venenoso, a sublinhar o que há de mais cego na nossa visão míope unilateralmente ingrata perante a paisagem da vida colorida que nos cerca e que jamais veremos como ela tal se apresenta. no fim que a todos está reservado. E o que falar do nosso descompromisso com o lado bom das coisas do mundo. Do nosso entendimento dito racionalista, um tanto quanto troglodita com que enxergamos não o todo de tudo, mas somente os pedaços do resto que não existe por si mesmo. Assim como os fragmentos e as migalhas da vida plasmada nunca a partir de nós, mas nos outros?
Nisso é que reside nossa falta absoluta de humildade para absorção o novo, o diferente e tudo o mais que não aquiesce sem o porquê daquilo que se fará necessário e produtivo para que juntos, possamos enfim, muda a face suja e podre a embrutecer tudo que há neste mundo.
Mas o mundo? O mundo somos todos nós. Tudo que o destrói e envergonha acontece primeiro e necessariamente dentro dos nossos corações e em nossas mentes prenhe de maldade, ignorância e lixo,
O desejo de poder. A disposição do homem pós-moderno para o cinismo e para o crime. Tudo isso é que queremos deixar em 2008. Nada disso queremos encontrar de novo em 2009. Aspiramos um ano-novo de verdade. Sem falso moralismo a manipular os gestos dos autênticos e necessários seres iluminados. Mas, não nos esqueçamos que o novo que esperamos encontrar na face de 2009 estará primeiro em nós muito mais no agora do que no ontem. O amanhã é a semente que plantamos neste instante.
Sempre haveremos de viver no pretérito do futuro. Caso contrário, o ano que se avizinha depois desta meia noite não passará de uma inscrição numérica, adormecida, morta e fria pendurada na folhiada do calendário, como um fantasma nossos presentes sem valor algum. Um espectro de nós mesmos a nos espreitar de cima da parede. Como um velho carrasco a nos acompanhar pela vida afora até o último degrau do cadafalso.
De fato, as pessoas é que fazem a diferença. Portanto, acreditar que nem tudo está perdido já será um bom começo.
Acreditemos em 2009 como uma mulher primeira a se entregar para o amante. Assim é que devemos ver o ano que virá hoje, com esta perspectiva de celebração das mais lisonjeiras e agradáveis. Façamos a nossa parte para que o amanhã possa logo nas primeiras horas desta quinta-feira, nascer feliz como uma chuva de felicidade e esperança para todos. E tudo será assim: do jeito que imaginamos, idealizamos no nosso universo criador de utopia, tragédias e agruras. Tudo acontecerá como sempre aconteceu pela história a fora num passo de mágica.
O diferente é pensarmos de outra maneira... E os caminhos assim como os acontecimentos concretos nos parecerão absolutamente diversos, porém sempre nos moldes daquilo que sonhamos.... E o mundo se iluminará como a aurora no Araripe.
A inteligência em 2009 precisa vencer de vez e para sempre toda a ignorância... Simplesmente porque nosso ano-novo é de agora em diante, um eterno acreditar. Um recomeço. Pois um novo jeito de viver e ser feliz sempre será possível no semblante do ano-novo que renascerá daqui a pouco em cada um de nós.
Viva 2009!
Por: José Cícero
blog d'Aurora

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

AURORA: Vereadores, Prefeito e vice-prefeito são empossados no Plenário da Câmara


Aurora amanheceu literalmente num clima de muita alegria, quando por toda a manhã do 1º dia do ano uma grande multidão acompanhou de perto toda a programação relacionada à posse do prefeito Adailton Macedo, do vice Antonio Landim e dos vereadores eleitos em outubro.
Programação:
Às 8 horas teve início a celebração de uma missa em ação de graças na matriz do Senhor Menino Deus oficiada pelo vigário local, Padre Cícero Leandro. Em seguida, a comitiva do novo prefeito, composta por secretários, familiares, amigos e correligionários se dirigiu para o plenário da Câmara onde ocorreu a solenidade oficial de instalação da legislatura 2009-2012 seguida da posse dos vereadores eleitos e reeleitos num total de nove parlamentares, bem como do prefeito e vice-prefeito.
Paulo José é o novo presidente da Câmara de Aurora:
Na seqüência aconteceu a eleição da nova mesa diretora da Câmara. Duas chapas concorreram à eleição( 1 e 2) sendo que a vencedora foi a chapa apoiada pela tendência do novo gestor.
A chapa ganhadora derrotou a da oposição pelo placar de 5 a 4 alçando à condição de novo presidente da casa, o jovem vereador Paulo José(PRP), tendo como vice o edil Francisco Henrique de Macedo(PMDB), secretária Joana D’Arc de Sousa(PSC) e como tesoureiro o vereador Vadeci Batista(PV). O plenário da Câmara assim como as galerias e o anexo do prédio estiveram todo o tempo praticamente lotados, dado o comparecimento maciço da população, além de lideranças populares e autoridades. Logo após a posse na Câmara e o anúncio oficial da nova mesa diretora feito pelo presidente da sessão o vereador mais votado do município Chico Henrique; todos seguiram para o paço municipal, onde aconteceu a transmissão do cargo por intermédio do agora ex-gestor, Carlos Macedo(PSB) ladeado pela ex-secretária de educação e ex-primeira dama, Glória Maria. Várias ruas localizadas nas imediações da Prefeitura foram tomadas pela população que queria prestigiar este que, seguramente constituiu um dos fatos mais significativos da política aurorense. Depois, todos se dirigiram para o colégio Antonio Landim no bairro São Benedito, local do almoço oferecido aos convidados.“Para mim tudo isso é uma alegria sem par, ver o jovem Adailtom e o sindicalista Antonio Landim na condição de dirigentes maiores do nosso município”, confidenciou o morador do bairro Araçá, Damião Serafim. “A partir de hoje, quando sairmos desta câmara, só teremos uma preocupação: trabalhar incessantemente por nosso município”, disse o prefeito eleito Adailton Macedo durante o seu pronunciamento.
Emocionados, tanto o prefeito Adailton Macedo, quanto o seu vice Antonio Landim foram muitas vezes, interrompidos pelos aplausos entusiasmados do que se fizeram presentes ao plenário do Poder Legislativo de Aurora. Um claro sinal de que o povo aurorense acredita e espera muito da nova administração que ora está apenas começando. Palmas e gritos juntaram-se ao ribombar de fogos de artifícios ecoando do lado de fora do plenário. Diversas outras manifestações também foram registradas pelas ruas da cidade, logo após o anuncio oficial do resultado da eleição para a nova mesa diretora da câmara.
Vereadores eleitos e empossados:
CHICO HENRIQUE (VICE-PRSIDENTE) - PSDB - PMDB - PMN - DEM - PSC
PAULO JOSÉ (PRESIDENTE) - PRP- PC do B - PP - PRP - PDT - PV - PT - PPS - PSB
ADERLANIO - PSDB - PMDB - PMN - DEM - PSC
OLIVEIRA BATISTA - PSDB - PMDB - PMN - DEM - PSC
DARC LANDIM(SECRETÁRIA) - PSC - PSDB - PMDB - PMN - DEM - PSC
IRACILDA- PSBP - PC do B - PP - PRP - PDT - PV - PT - PPS - PSB
ERIEUDES - PSC- PSDB - PMDB - PMN - DEM - PSC
DECÍ (TESOUREIRO)- PV- PC do B - PP - PRP - PDT - PV - PT - PPS - PSB
GERISMAR PEREIRA- PSB- PC do B - PP - PRP - PDT - PV - PT - PPS - PSB.
Por: José Cícero
Blog do JOSÉ CÍCERO