Sapo Dourado Panamenho
Da floresta americana
Beleza pura que emana
Da natureza em desenho
Amarelo, delgado e pulador.
Afilado, gentil e hospitaleiro.
Cantando no lindo desfiladeiro
Nos bosques um hino de amor
Predador do equilíbrio natural
No habitat rico dos pampas
Desliza no declive das rampas
Numa felicidade sem igual
Dos rios, lagos e florestas.
Vaidoso no passeio matinal
Não vê o aquecimento global
Devorar sua história sua festa
O Fungo espera para atacar
O Planeta deu sinal de alerta
O fungo voa como uma flecha
O Sapo não vai mais cantar
Amarelo é a cor da atenção
Do sapo panamenho dourado
Da existência já foi tirado
Mais um ser em extinção
Por: Prof. Luiz Domingos de Luna
Mestre da Ordem Stª Cruz
de Aurora-CE.
2 comentários:
Grande Luiz Domingos de Luna!!! Autêntico literato idealizador de uma vida melhor pra todos os filhos da Princesa do Salgado. É muito bom ver que ainda está em plena forma poética, inspirado como sempre ao fazer prosa e versos que nos deixam emocionados! Lembro-me de quando era seu aluno, no Monsenhor Vicente Bezerra, ao recitar o poema "Os Sapos" em uma aula de literatura brasileira em que falava da Semana de Arte Moderna de 1922. Ah, fato histórico! A Semana de 22 sim, mas não esqueço da sua voz firme e grave que proclamava a uma sala de cabeça para baixo a seguinte estrofe: " O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro"
É bem martelado.
Fermentou-se então, a partir dali, uma admiração sem tamanho ao observar o talento de um mestre em sua plena forma vocacional e intelectual. Parabéns viu! E digo novamente que fiquei feliz em ver esse poema, que é um grito de alerta sobre nossa inconsequência com a Mãe Gaia, assim como Os Sapos, de Manuel Bandeira, que foi um expressivo grito de alerta sobre essa modernidade que chegaria de forma truculenta e que hoje não nos permite enxergar a beleza existente em coisas minúsculas mas essenciais em nossas vidas.
Prof. João Tavares Calixto Júnior
Fico por demais feliz e lisogeado ao ver, um intelectual da nova geração, Prof. João Tavares Calixto Junior, que milita nos melhores centros acadêmicos do cariri a extenão do Vizinho estado da Paraiba, Faculdade Santa Maria e muitos outro educandários que têm a felicidade de absorver a seiva bem elaborado de um jovem culto que Aurora teve a felicidade de lhe servir de berço.
Penso que estou ficando obsoleto, já não sei irradiar a eletricidade da alma literária e artística da força da poesia, talvez a falta de leitores, ou a consciência de que não estou mais tão bem aparelhado como no início da profissão de fé.
Chego às vezes a pensar que também sou um grande sapo em extinção.
Não creio mais na timbração fluitiva da poesia nas mentes premiadas como a sua, creio que a juventude não dispõe de tempo para a gustação ou leitura da arte poética. Porém, caro intelectual da nova Geração, seu comentário é algo que me deixa otimista e icentivado, mas, imerso no mundo do pessimismo, com o levante de uma geração, que teve em você o ápice da consagração de uma época. Gostaria que, a reta, após você continuasse vertical. Um sonho, uma utopia{...} Não sei
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