quinta-feira, 9 de setembro de 2010

... A propósito: como se encontra a Lei da Ficha limpa?

Por José Cícero

De acordo com o TRE/CE, por enquanto o Ceará lidera o ranking nacional de candidaturas indeferidas com um total de 26 nomes.
Incrível saber que todos ‘eles’ continuam ainda na disputa como se nada tivesse acontecido. Será que estão apostando na velha impunidade ou na pouca capacidade de reação do nosso eleitorado?
Caso pensem assim é sinal de que a desinformação social brasileira ainda é algo bastante sintomático. Por sinal, são poucos os órgãos de imprensa que ajudam a divulgar esta lista podre da política.
É bem verdade que todos recorreram com seus recursos às instâncias superiores e isso é um expediente a ser respeitado. Contudo, diante da morosidade da lei é bem provável que muitos deles se elejam e até cumpram seus mandatos e o tal julgamento não tenha sequer saído do papel.
A Lei da ficha limpa foi sem sombra de dúvidas, um grande avanço da democracia em favor da sociedade brasileira na ascensão do seu caminho ético. Todavia, é preciso que outras instâncias dos poderes também possam se modificar(avançar) no sentido de dá validade expressiva a esta importante iniciativa, que por sinal, é resultante da pressão popular.
É certo dizer, igualmente, que a principal validação da lei da ficha limpa precisa ser dada por meio das urnas. O povo-eleitor é que precisa demonstrar que está amadurecido e consciente o suficiente para não mais eleger nenhum representante que estejam no rol dos fichas sujas. Do contrário, será por demais vergonhoso termos que assistir a diplomação de candidato que não esteja de bem com a legalidade. Uma desmoralização para a própria lei. Um sinal de atraso e da mais absoluta falta de consciência, informação e bom senso. Mas, torcemos para que fatos como esse não venha a ocorrer.
A lei da ficha limpa logo deverá ser encarada como um dos mais importantes patrimônios morais da sociedade. Uma conquista! Por esta razão temos que acreditar na capacidade racional e ética do povo brasileiro, que certamente, não dará mais guarida aos que não se comportaram com respeito, probidade e lisura diante da “coisa pública”.
E como a lei veio para moralizar o processo político e pavimentar os caminhos da nossa jovem democracia, não haverá de ser nós, os eleitores, que ficaremos do lado do contra. Por essa e muitas outras razões, as eleições deste ano ocorrerão de modo diferente. Quem sabe, daqui a pouco, será um exemplo e um modelo para o mundo.
Por que o TSE não torna obrigatória a divulgação da lista dos fichas sujas nos intervalos dos programas eleitorais. Mesmo com a observação explícita de que ainda cabe recursos por parte dos envolvidos? Por que os julgamentos dos mesmos não se fazem mais céleres como uma prioridade nacional?
A lei da ficha limpa, portanto, é uma das grandes conquistas da sociedade; por isso precisa ser elogiada e aperfeiçoada. Com efeito, um grande golpe na corrupção que é histórica e na impunidade que é vergonhosa.
Nestas eleições tudo deverá ser diferente. Porque tudo dependerá de nós, os eleitores...
Ilustração: da Internet
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