Por José Cícero
Vida: Subjetivo encontro que mantenho todos os dias com as forças cósmicas do universo inteiro e com o meu Eu profundo. No mais recôndito do meu ser – pensamento cotidiano que construo paulatinamente como vôo de pássaro altaneiro, solitário a montar seu ninho com gravetos e entre os espinhos.
Vivo assim resignado com o meu destino em carne e osso, tal qual escravo sofrendo os açoites dos seus próprios sentimentos íntimos.
Sou assim: Náufrago absorto submerso em oceanos de contentamentos e desassossegos.
Vivo assim resignado com o meu destino em carne e osso, tal qual escravo sofrendo os açoites dos seus próprios sentimentos íntimos.
Sou assim: Náufrago absorto submerso em oceanos de contentamentos e desassossegos.
Navio pirata e transatlânticos singrando os espelhos d’água feitos rastros
deixados pelas caravelas de aborígenes loucos tentando descobrindo o novo mundo.
Mares imensos. Consciência que preservo entre sonhos.
Mares imensos. Consciência que preservo entre sonhos.
Essência vital a quem me entrego sem escrúpulo e medo. Orbe que me mantêm guardado a sete chaves. Juiz insolente e venal em que ancorou a nau catarineta de todos os meus segredos incontidos.
Terra firme em que vivo e piso dando sustentáculo a humana raça dos instintos.
Positivismo ingrato. Iluminismo instantâneo no qual me eternizo todo por completo.
Terra firme em que vivo e piso dando sustentáculo a humana raça dos instintos.
Positivismo ingrato. Iluminismo instantâneo no qual me eternizo todo por completo.
Absolutismo escroto no qual todos os gestos dos covardes e dos injustos se aglutinam a todo instante.
Baco-festim. Bacanal dos insensatos deuses do Olimpo.
Vão momento em que me abstraio e me fragmento ao máximo em fractais imensos.
Puro sentimento cosmogônico em seus mistérios. Desdobramentos suprafíscos.
Puro sentimento cosmogônico em seus mistérios. Desdobramentos suprafíscos.
Ilações incompreensíveis dos seres microscópicos em seus derivativos mais insanos.
Vida: Viagem perpétua que faço espiritualmente.
Vida: Viagem perpétua que faço espiritualmente.
Astral alumbramento de quem vive o supra-sumo de todos os acontecimentos mais sublimes.
Superlativos fenômenos de todos os seres universais, extraterrenos, redivivos.
Pluralismo inconteste e absoluto que me persegue e que me mantêm guardado dentro do tempo.
Remotos e atemporais esquecimentos: baús de ossos que conservo como um tesouro raro
Superlativos fenômenos de todos os seres universais, extraterrenos, redivivos.
Pluralismo inconteste e absoluto que me persegue e que me mantêm guardado dentro do tempo.
Remotos e atemporais esquecimentos: baús de ossos que conservo como um tesouro raro
no âmbar dos meus anos findos.
Infinitude de nós mesmos, seres incompletos e inconclusos perdidos como sementes de anjos decaídos dispersas nos umbrais do cosmo.
Eterno instante. Lusco-fusco das honras minguadas que vivo em seus desperdícios.
Eterno instante. Lusco-fusco das honras minguadas que vivo em seus desperdícios.
Claro-escuro dos olhos de lince e outros pensamentos
jogados no lixo das nossas consciências
e tudo o mais que me angustio e sofro
para o todo e sempre.
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* José Cícero
Secretário de Cultura/Aurora-CE.
In Abstrações do Acaso/09
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